Bolero: A Melodia Eterna é um filme surpreendente e traz a simplicidade de uma das maiores composições. Uma das melodias que passou acompanhou a minha infância, por conta de Digimon, é eternizada no mundo da música. Além disso, a cada 15 minutos alguém escuta essa música. Bolero não é só uma melodia bonita, mas a história diante dos nossos ouvidos e o filme traz um ritmo perfeito para a história.
Assim, a história mostra como Maurice Ravel (Raphaël Personnaz) passou por dificuldades e se reencontrou para construir a obra-prima. Desse modo, em 1928 vemos a dançarina Ida Rubinstein (Jeanne Balibar) encomendar a canção e revisitar capítulos interessantes do compositor. Com isso, acompanhamos os desafios de seus primeiros anos, as marcas da Grande Guerra, o amor impossível por sua musa Misia Sert (Doria Tillier), até chegar na Melodia Eterna.
Bolero é a Melodia Eterna
O filme não traz somente uma vivência do nosso protagonista, mas como a vida o levou a criar o Bolero. A composição precisou passar por muitos desafios até chegar na sua complexidade, e a obra consegue explicar para o telespectador de maneira simples, mas surpreendente. Não sou um grande defensor de biografias, vejo como escondem muitas informações para mostrar alguém inalcançável, porém, em Bolero: A Melodia Eterna, nós vemos que essa não era a ideia.
A história mostrou como o Maurice Ravel era e também as dificuldades que passou para criar a música. Sendo assim, não vemos ele ser alguém impenetrável, mas uma pessoa com muitos dilemas e desafios. Contudo, a sua música é o que as biografias querem que seus protagonistas sejam, perfeitos.
A música está presente no dia a dia das pessoas, e o dado de a cada 15 minutos alguém escutar ela deixa tudo mais incrível. Mesmo sendo uma composição de 1928, e com novos fãs conhecendo ela, mostra o quanto ela é importante para a sociedade.

Uma bela homenagem à composição
Bolero é a arte na sua essência, não está presa ao seu tempo. E pode ser acompanhada por todos, e o longa-metragem explica isso nos detalhes. Com isso, Ravel está preocupado como essa música irá seguir nas pessoas, mas durante o filme ele entende que a melodia é do mundo. A sua criação seguirá pela eternidade e o longa deixa isso bem claro, ela é grandiosa pela sua simplicidade, mas que carrega uma emoção completamente forte para quem a escuta.
Os atores conseguem nos transparecer o sentimento trazido pelo filme, e mostram como seus personagens são mais complexos. Nada é preto no branco, tudo é cinza, desde como tratam as pessoas até como os outros os influenciam. A dinâmica da história conta com um poder incrível para nos explicar o que está sendo dito. Nenhuma das partes contadas foram escolhidas ao acaso, tudo a direção pensou para explicar aos telespectadores.
Vale a pena assistir Bolero: A Melodia Eterna?
Não só vale, como é uma experiência musical. Dificilmente alguém nunca escutou essa música, mas aprender sobre ela é deixa ainda mais magnifica. Ravel não sentou e a fez numa manhã de domingo, ele precisou reviver o passado, entender o presente e pensar no futuro. Tudo precisou ser pensado para criar a composição, e a direção soube exatamente como demonstrar isso, o filme é uma homenagem ao compositor, mas a todos que se sentem privilegiados de escutarem a música.
Bolero: A Melodia Eterna traz a magnitude de uma das maiores músicas. É uma ótima oportunidade para conhecer como os desafios podem ser importantes para chegar ao ápice, mas também como é desafiador tudo o que passamos. A música está presente, e o filme transparecer para nós tudo o que precisamos saber dela. Assim, ninguém pode perder a oportunidade de assistir ao filme, e conhecer Bolero e seu criador, Ravel.
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