Crush à altura de 2022, dirigido por Emily Ting, e roteirizado por Sam Wolfson, é a sequência do filme de 2019 da Netflix. Dando continuidade aos eventos e problemas pessoais de Jodi (Ava Michelle), que superou a insegurança a cerca de sua altura. Como é um filme adolescente, novos problemas surgiram, com a temática parecida.  

Se passando apenas 3 meses após os acontecimentos do anterior, as mudanças dos personagens são de certa forma difíceis de acompanhar. Finalmente Jodi parece bem resolvida com sua altura, em contrapartida, com pouca confiança em si. Sendo assim, um pouco confuso de ser compreendido.

A autocrítica do filme anterior

Crush à Altura 2 oferece caminhos longos para serem percorridos, até por fim chegar no real problema, que finalmente atinge a todos igualmente e não só a protagonista, seguindo em uma direção diferente do filme anterior, onde a problemática girava apenas ao redor da questão da altura de Jodi. Questão essa levantada pela própria sequência em certo ponto.

Foto: Reprodução

O visual

Desde o início, a paleta de cores do filme ganha muito destaque, com o bom uso de cores complementares, principalmente durante o musical. O destaque na protagonista com o uso dos figurinos coloridos e iluminação foi um grande acerto, dando até mesmo mais “cara de musical”. Determinadas cenas até mesmo lembram A Lovely Night de La La Land, com o uso do figurino e cores parecidas.

Crush à Altura 2 conseguiu fazer um bom uso da fotografia, o que valoriza as cenas, especialmente as de musical. Assim como fizeram ao usar de cenas externas de grafites, atribuindo valor e destaque a arte de rua, o que faz o telespectador apreciar as várias e curtas cenas onde a arte ganha destaque na tela.

Foto: Reprodução

Os acertos de Crush à Altura 2

O filme tem a sensibilidade de dar um pouco mais de atenção para a amiga Fareeda (Anjelika Washington), que não teve nenhuma no anterior. Agora com conflitos familiares, o que pode entregar uma certa identificação em relação ao público alvo, com adolescentes que se encontram na mesma situação de transição da escola para a faculdade, se deparando com escolhas que definem o seu futuro.

Assim como pode se considerar um acerto destacar os conflitos da irmã de Jodi, Harper (Sabrina Carpenter), apresentar as inseguranças da personagem mostra que até mesmo as pessoas vistas como “perfeitas” também tem seus problemas internos de insegurança e autocrítica.

Em conclusão, Crush à Altura não é tão diferente do seu antecessor. Apesar de aparentar ter mais acertos ao apresentar problemas mais comuns ao telespectador. Por fim, o roteiro não foge e nem inova da temática teen. Os problemas de autoestima, ansiedade e autocrítica que causam identificação do público alvo.