Quem é fã de boas charadas vai adorar Escape Room, novo filme de suspense da Sony que estreia essa semana nos cinemas brasileiros, e não se surpreenda se você se sentir familiarizado com a história, com o enredo e com a dinâmica das coisas, porque Jogos Mortais claramente pode vir a sua mente.

Passando por momentos complicados em suas respectivas vidas, seis estranhos acabam sendo misteriosamente convidados para um experimento inusitado: trancados em uma imersiva sala enigmática cheia de armadilhas, eles ganharão um milhão de dólares caso consigam sair. Mas quando percebem que os perigos são mais letais do que imaginavam, precisam agir rápido para desvendar as pistas que lhes são dadas.

Talvez minha crítica ande conforme o filme que começa intenso e termina intenso, é ação e complexidade do começo ao fim. Seis pessoas totalmente desconhecidas mas com um passado em comum se encontram para um jogo, um Escape Room, aquelas salas onde várias pessoas tentam decifrar enigmas para resolver um problema e escapar da sala em determinado tempo. O grande lance do filme é que para quem não decifrar ou não aguentar a pressão a consequência é mortal. Vai ser inevitável a comparação com Jogos Mortais, principalmente por detalhes importantes que ligam uma trama a outra mesmo que os filmes não tenham qualquer ligação.

Um ponto interessante é que o elenco não conta com nenhum grande nome, nem mesmo para segurar a trama nas costas nos dando a chance de ter a mesma impressão sobre a atuação de todos, que em linhas gerais foi muito bem desempenhada. No elenco estão Taylor Russell, Logan Miller, Deborah Ann Woll, Jay Ellis, Tyler Labine, Nik Dodani e Yorick van Wageningen. Além disso o filme se preocupa em explicar minimamente a história de cada um para que o mínimo de familiaridade seja criada com as histórias dos personagens já que isso é importante para o entendimento da trama central. E diferente do parente (jogos mortais) Escape Room se preocupa muito em mostrar as situações bem de perto, com tensão e fazendo com que quem esteja na cadeira do cinema se sinta capaz e parte da solução dos problemas apresentados para a elucidação das pistas.

Outro ponto que merece destaque é o foco no suspense e na tensão e não necessariamente na morte, o que deixa o filme leve e fácil de levar até o fim, dando a chance de se apegar aos personagens elegendo seus favoritos a viver ou morrer (sim, é meio sádico isso). O ponto do pecado é a rapidez, o filme é muito curto e o climax é rapidamente apresentado e consumido, dando a impressão de que faltou alguma coisa além do final não ser exatamente um poço de emoções. Ainda não sou capaz de opinar se o final do filme é uma porta para uma sequencia ou se é somente mal elaborado mesmo.