“Gatos no Museu” é uma animação russa, voltada para o público infantil, inspirada em uma história real sobre os gatos que passaram a proteger as galerias de arte e adegas do palácio Hermitage, na Rússia.
Embora seja baseado em um fato real, ele não busca contar fatos históricos, ficando restrito apenas à questão dos gatos viverem no museu para proteger as obras dos ataques dos ratos.
A direção do filme é de Vasiliy Rovenskiy. Já o roteiro é de Gerry Swallow (Era do Gelo 2) e Vasily Rovensky. A distribuição do filme é da Imagem Filmes.
A história de “Gatos no Museu”
A história gira em torno de um jovem gato chamado Vincent que cresceu no mar, e devido a um incidente, vai parar em uma ilha abandonada. Um dia, acontece um acidente envolvendo o barco que estava na ilha e a casa onde Vincent mora começa a desmoronar e a partir daí ele se une a Maurice, o rato, na tentativa de tentar escapar da inundação em um velho piano. No mar, à deriva, um grupo de marinheiros pega o piano com Vincent e Maurice dentro e os envia para o museu.
No museu, Vincent conhece um esquadrão de gatos de elite, que guarda obras-primas de roedores e outros parasitas há anos. Vincent sonha em encontrar uma verdadeira família de gatos e anseia por um sentimento de pertencimento, mas ele não quer perder seu amigo Maurice que salvou sua vida, então ele é forçado a escondê-lo. Mas seu amigo tem uma fraqueza – roer as obras-primas mais famosas.
Certamente, tudo fica mais complicado ainda quando uma das maiores pinturas do mundo, a Mona Lisa ou La Gioconda, é trazida para o museu – é o sonho de todo rato e roer. No entanto, nem Vincent, Maurice, nem os gatos Hermitage estão cientes do fato de que alguém pretende roubá-lo. Desse modo, Vincent tem que reunir sua coragem e inteligência para salvar a obra-prima de Da Vinci, proteger a reputação do museu e conquistar o coração uma gatinha chamada Cleópatra.
Uma animação uma história simples e uma mensagem profunda
Embora o filme seja de 2023, “Gatos no Museu” está longe de se enquadrar em uma animação de alta qualidade em termos visuais. Os personagens às vezes possuem movimentos mais robóticos e o gráfico às vezes fica um pouco estranho, como se tivesse faltando alguma camada. É um ponto negativo, mas não atrapalha em nada a experiência.
O roteiro é simples, sem muitos floreios ou explicações complexas, até mesmo porque é uma animação para o público infantil. E por ser para o público infantil ele funciona bem. Temos um personagem principal, o melhor amigo, o par romântico, o vilão e o final feliz, fórmula presente em todas as animações infantis.
“Gatos no Museu” traz uma mensagem muito bonita sobre a importância da amizade. Ao utilizar de animais super fofos, que todas as crianças gostam, a produção fala sobre a importância de encontrar um lugar onde você é aceito, onde é de fato o seu lar. O filme fala também sobre a questão do valor da amizade e o quão importante é tratar o outro sem preconceitos, sendo possível a convivência entre gatos e ratos, que é o caso do filme.
Em relação à fotografia do filme, é tudo muito colorido, o que irá chamar bastante a atenção das crianças.
Outro ponto positivo, são as referências aos quadros que estão no museu que de certa forma acaba contribuindo para o aprendizado das crianças. Entretanto algumas referências aos artistas poderão passar despercebidos por elas.
Vale a pena assistir “Gatos no Museu”?
“Gatos no Museu” é uma animação legal. Tanto as crianças quanto os adultos conseguirão se divertir com a produção. Temos que considerar que é uma animação feita para crianças, não devendo ser interpretada num ponto de vista mais complexo, como por exemplo ter somente uma gata entre os gatos, que serve apenas de interesse romântico do personagem principal.
Em resumo, o filme traz momentos divertidos e uma mensagem muito interessante sobre confiança, aceitação e amizade. Certamente vale a pena levar suas crianças para ver essa produção fofa.
“Gatos no Museu” estreia no dia 10 de agosto nos cinemas.
Veja o trailer do filme: