Estreia nos cinemas Gemini: O Planeta Sombrio, um filme que mistura ficção cientifica e terror distribuído pela Paris Filmes. O perigo de lançar filmes como esse é esbarrar em vários antecessores que já fizeram de quase tudo, e precisar inovar. Isso porque inovar nesse território pode ser um tiro no pé.

Depois de séculos destruindo os recursos da Terra, a humanidade enfrenta a sombria realidade de que sua última chance de sobrevivência pode exigir a criação de um lar totalmente novo – no espaço sideral. Uma expedição internacional é rapidamente formada para encontrar um novo planeta adequado, mas quando os planos dão errado, a tripulação fica repentinamente sem energia em um planeta estranho. Infelizmente, eles logo descobrirão que algo verdadeiramente inimaginável está lá fora observando, esperando pelos incautos exploradores humanos.

Ao longo de quase 2 horas de filmes vamos acompanhando uma saga para salvar a humanidade de um vírus letal, e para isso, os cientistas criam um modo de colonizar outro planeta. E como? Ao encontrarem um artefato em uma escavação, extraem desse objeto toda a tecnologia necessária para criar não somente o método de viagem mas também a forma como colonizar outro planeta.

GEMINI: O PLANETA SOMBRIO

Tentativa de se parecer com filmes anteriores sela fracasso

Tudo parece ir bem até a viagem, quando algo da muito errado e eles vão parar em um lugar desconhecido no universo. É aqui que as coisas começam a complicar para roteiro e direção. Isso porque todas as ações que acontecem nesse momento são inexplicáveis. Começa a não fazer sentido todas as decisões tomadas na nave, e o comportamento dos astronautas passam a fazer menos sentido ainda.

Percebemos logo de cara que a história tem pouca ou quase nada de original. Bebe da fonte de vários outros filmes, maiores, melhores, piores, é como um apanhado. De Alien até Interestelar. E por fim, mistura Planeta dos Macacos com Gravidade. Porém, com orçamento baixo, um elenco de desconhecidos que não consegue entregar atuações dignas e efeitos especiais de qualidade duvidosa.

É complicado analisar filmes assim, porque parecem ter sido feitos com preguiça, com tempo apertado e recursos limitados. Ora, como tentar competir com tantos filmes bons e não tem recurso?

Por fim, preciso dizer que Gemini: O Planeta Sombrio peca demais ao tentar agradar e não conseguir realizar essa tarefa. É frustrante saber que poderia ter sido melhor se tivesse tido o mínimo de cuidado com o roteiro.