Conferimos o mais novo filme do Godzilla, Godzilla Minus One, filme que impressiona por seus excelentes arcos dramáticos e com um núcleo humano sendo o ponto alto do longa. Além disso, mostra uma trilha sonora imersiva e um kaiju que preenche a tela com toda a sua imponência. Confira aqui, a nossa crítica a Godzilla Minus One.
Godzilla, um dos kaiju mais conhecidos do cinema, está para completa 70 anos em 2024 e este filme serve como o começo destas comemorações. Godzilla Minus One de Takashi Yamazaki traz o rei dos monstros para um Japão pós 2ª Guerra Mundial, em um filme simplesmente genial. Sendo esse um filme fundamental para os fãs e quem gosta do personagem, ou para aqueles que gostam de filmes de desastre com monstros gigantes.
O roteiro traz um foco ao casal principal do filme, Koichi Shikishima e Noriko Oishi, interpretados por Ryunosuke Kamiki e Minami Hamabe, respectivamente. Com um arco bastante dramático que combina com o clima que o Japão passava durante aquela época, trazendo assim o espectador a trama com extrema facilidade. Possuindo uma combinação destes momentos dramáticos com uma trilha sonora imersiva e a continuidade dos fatos, fazendo algo que os filmes americanos falham, e muito, trazer um núcleo humano muito bem desenvolvido.
Apesar disso, o Godzilla tem pouco tempo de tela, mas o roteiro sabe como trabalhar cada momento do monstrão com uma maestria singular. Além disso, o kaiju impressiona mostrando toda a sua imponência e poder destrutivo, uma versão totalmente diferente do já vimos do Godzilla. Outro ponto a ressaltar é o CGI do monstro, é praticamente imperceptível ver alguma falha e todas as cenas de batalhas contra os humanos, são cenas memoráveis e que ficarão marcadas na história do Godzilla.
Nessas trocas entre o Godzilla e os personagens humanos funcionam por ter uma trilha instrumental que surge nos grandes momentos do filme. Seja nas batalhas ou nos arcos dramáticos que os personagens passam. Entretanto, o cuidado com o som do filme, não recai apenas na trilha sonora, já que tudo está perfeitamente encaixado. Seja nas transições de cenas, para transmitir algum sentimento específico que o momento pede e até mesmo nos rugidos do Godzilla.
Assim como, o visual escolhido para o Godzilla trazendo algo mais nostálgico e ao mesmo tempo modernizado. Sendo muito similar ao original, mas com alguns ajustes e o tornando mais dinossauresco. Porém, o que brilha mesmo são as cenas aquáticas do kaiju, onde cria toda aquela tensão de que não há escapatória. Bem como, o CGI, muito acima da média, que consegue imprimir diversas reações do Godzilla, principalmente a sua raiva.
Porém, o roteiro mesmo sendo algo primoroso, comete alguns erros que atrapalham um pouco a experiência do filme. Mas, devemos reconhecer a coragem de não jogar apenas no seguro e tentar se arriscar um pouco mais. O filme poderia ter se mantido naquela sensação de perigo e que os personagens não estão seguros com a chegada do Godzilla. Apesar disso, ele tende a tecer críticas ao governo japonês e suas atitudes durante a 2ª Guerra Mundial.
A forma como tratavam a vida dos soldados e a do povo era algo bastante cruel, mostrando que os líderes apenas se importavam com a imagem que iriam refletir. Além claro, de trabalhar, mesmo que sutilmente, com os transtornos criados por aqueles que sobrevieram aquele conflito, um exemplo disso é o protagonista Koichi Shikishima, que sofre com as perdas e sente que sua guerra ainda não acabou.
Godzilla Minus One é sem sombra de dúvidas um dos melhores filmes da franquia Godzilla, por conseguir unir elementos históricos em uma história fascinante, que agradará todos os públicos. Além de conseguir tecer críticas, que seguem atuais, ao tratamento do governo japonês com o seu povo e as guerras que surgem pelo mundo. O filme é incrível e com certeza deveria ser visto por todos.
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