Após meses de expectativa, teorias e especulações, Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa enfim chegou aos cinemas de todo o Brasil. O filme é um verdadeiro presente para os grandes fãs do universo Marvel e da famosa figura de Peter Parker. A crítica a seguir contém spoilers, então caso ainda não tenha assistido ao longa, recomendo ler a nossa crítica sem spoilers antes.
A história de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa começa exatamente do ponto onde a cena pós-créditos do segundo filme parou – quando Mistério revela ao mundo a identidade do herói. Assim, nos primeiros minutos de filme podemos acompanhar Peter lidando com os conflitos da exposição, que também acabam afetando Ned, MJ, Tia May e Happy. Então, para tentar reverter os danos causados a quem ele ama, o protagonista procura a ajuda de Dr. Estranho, buscando por um feitiço que faça com que o mundo esqueça quem ele realmente é.
No entanto, algo dá errado no processo, e o multiverso – que vem ocupando um papel cada vez mais importante no MCU – entra em jogo quando absolutamente todos aqueles que sabem que Peter Parker é o Homem-Aranha acabam caindo no mesmo universo. O erro traz de volta vilões já conhecidos pelo público, como Duende Verde, Doutor Octopus, Lagarto e Electro, mas também coloca em prática uma das maiores jogadas da história da Marvel. Evidentemente, dentre as pessoas que sabem que o Peter Parker é o Homem-Aranha, está… o próprio Peter Parker. E é assim que a maior teoria dos fãs para o filme ganha vida: o retorno de Andrew Garfield e Tobey Maguire às telas.
A emblemática imagem das três gerações de Homem-Aranha se unindo para lutar contra os antagonistas foi executada de maneira fantástica. As referências e paralelos entre os filmes entregam tudo o que os fãs pediam, mas trazer tantas figuras icônicas à tona implica uma grande responsabilidade de que o fan service não seja em vão, e sim uma peça importante na construção da história, e é isso que a Marvel faz.
Impulsionados por um verdadeiro show de atuação, os acontecimentos do filme acabam por revelar nuances do protagonista que ainda não haviam sido exploradas no início da trilogia e serão essenciais para o seu futuro na franquia. O longa aprofunda a relação de Peter com MJ e sua parceria com Ned. Contudo, um dos maiores acertos no desenvolvimento do personagem foi desvincular sua imagem como “dependente” de Tony Stark, fator que era alvo de críticas. A versão mais madura, independente e consciente do personagem veio como a grande consolidação de Tom Holland no papel.
A fotografia e a trilha sonora também são grandes destaques da produção. Os sentimentos transmitidos no enredo são evidenciados pela direção de arte fantástica, que faz com que a experiência do telespectador seja ainda melhor – principalmente nas telas do cinema. Enquanto isso, a icônica trilha sonora tema do herói, reforçada pela atmosfera nostálgica do filme, prova mais uma vez, nunca decepcionar.
O impacto causado ao final do filme abre infinitas novas possibilidades para o futuro do MCU. As cenas pós-créditos apresentadas indicam que os reflexos dos acontecimentos irão afetar muito além de apenas a próxima trilogia de Homem-Aranha. Agora, as expectativas giram em tornos dos rumos que a história irá tomar em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. O filme, que estreia em 2022, deve ser o ponto de conexão entre o MCU e suas novas séries, como Loki e Wandavision. Mesmo após os sucessos de bilheteria recentes, como Shang-Shi e Eternos, Sem Volta Para Casa era o filme que a Marvel precisava para reacender a empolgação do público para a sua próxima fase, o que foi feito com maestria.
Em linhas gerais, Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa é uma carta de amor aos fãs e à franquia como um todo.
Filme MUITO bom, me surpreendeu demaisss.