Estreia nos cinemas o novo filme do coletivo de diretores RKSS, uma mistura de terror slasher com suspense. Premiado e aclamado pela crítica internacional, o filme aborda temas importantes como desmatamento e aquecimento global. Mas será que, como filme de terror, ele se sustenta?
O filme e sua história
Hora do Massacre é o mais novo filme do grupo de diretores Road Kill Superstars, ou RKSS – como são conhecidos. Um grupo de jovens ativistas decide invadir uma rede de lojas de móveis para protestar contra a crise ambiental. Eles usam máscaras de animais e, além de depredarem as instalações, deixam marcas e mensagens sobre a causa. O que eles não esperavam é que um dos seguranças da loja é obcecado por caça primitiva e está a um passo de cometer as maiores atrocidades já vistas.
A história nos apresenta Killing Eve, interpretado por Turlough Convery, um homem que vive sua vida baseado em caças primitivas, como se fossem um tipo de hobby. Ele consegue um emprego como segurança na loja graças a seu irmão, e os dois precisam trabalhar no turno noturno para compensar problemas causados por Turlough. Justamente nessa noite, Ethan, líder dos jovens, Yasmin, Karim, Grace, Tyler e Emily invadem essa loja, que mais parece uma Leroy Merlin ou Tok&Stok.
Em determinado ponto da trama, os seguranças veem os jovens através das câmeras e resolvem assustá-los, mas tudo sai errado quando o irmão de Turlough aparentemente morre em uma queda.
Preciso dizer, inclusive, que foi um grande acerto a contratação de Turlough Convery como caçador. O ator já tem uma boa experiência em filmes, como Liam em My Mad Fat Diary e como Arthur Parker na série Sanditon da ITV, além de Chief Oology Expert em Jogador Número 1.
Terror slasher com perseguição e várias referências
Os diretores do filme tiveram uma preocupação muito grande em manter o filme como um terror simples e objetivo. Fazendo referência a vários clássicos do terror, como Sexta-Feira 13, Halloween e até mesmo Jogos Mortais, o longa não decepciona nas cenas mais pesadas. O banho de sangue, que é algo comum (e esperado) nesse estilo de filme, cumpre bem seu propósito de ser nojento e desagradável. Acho interessante e inteligente a premissa: um caçador contra jovens vestindo máscaras de animais, um paradoxo, já que a premissa do filme é a proteção dos animais.
E sim, isso é muito conflituoso, mas bem inteligente. Preciso admitir, entretanto, que está longe de ser algo blockbuster e muito mais para terror trash de baixo orçamento. Uma coisa que faltou foi realmente dar atenção ao tema que o roteiro se propõe: os ativistas. A premissa existe, mas não há profundidade alguma nisso, deixando passar uma oportunidade interessante. Além disso, existem momentos no filme em que o roteiro não se decide com o destino de alguns personagens.
Mas preciso dizer que, como terror slasher, ele funciona muito bem, sem preocupação com a física ou com a realidade. Pode ser que não agrade a todos, mas para quem ama esse subgênero, será um prato cheio para deleite e diversão.
Vale assistir no cinema?
Com o cenário do terror cada vez mais escasso de boas obras, um filme que fica na média merece destaque. Pode não ser o terror do ano, e com certeza não é um filme para todos, mas, considerando a execução bem feita e o fato de ser bem divertido, pode ser uma opção interessante para o cinema.
Para mais textos e notícias do universo geek sigam o GeekPop News no Instagram e Facebook.