Jogos Mortais é uma franquia com quase 20 anos e uma legião de fãs tenta se manter relevante perante uma nova era de filmes do mesmo gênero. Para isso, tenta trazer um refresco com o retorno de John Kramer, o Jigsaw, mas será que somente isso é suficiente?
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Retorno de Kramer é refresco, mas não é suficiente
Foi bem interessante rever Tobin Bell no papel de Jigsaw, principalmente com esse roteiro de Josh Stolberg e Pete Goldfinger. Logo no começo do longa já temos uma amostra de que esse será um filme um pouco diferente dos demais.
Acompanhamos John Kramer descobrindo sua doença terminal, e claro, esse fator acaba mexendo com as emoções do velho sadista. A questão toda aqui é o mergulho que nós, como espectadores, fazemos dentro da mente e dos sentimentos do responsável por assassinatos terríveis e sangrentos.
Por um minuto você é capaz de sentir empatia, e talvez, criar teorias que possam sustentar o comportamento violento e extremo de Kramer. Gostei bastante da maneira simples e minimalista com que o diretor Kevin Greutert joga as pistas do passado e futuro da franquia. Jogos Mortais X tenta apresentar um lado nunca visto de um dos personagens.
O novo filme se passa cronologicamente entre o primeiro e o segundo longa, ou seja, serve como uma espécie de preludio de todos os outros. A história se concentra em mostrar mais sobre Kramer e Amanda, mas pouco acrescenta sobre a história geral da franquia.
E aqui é preciso fazer uma observação importante. Apesar de ter gostado bastante do filme, fico me perguntando se ele realmente era necessário, se de fato ele traz algo novo. A resposta no final das contas é que não. Sendo assim, é um filme muito bom, muito bem construído, uma história intensa, com várias cenas gore. Porém, não acrescenta tanta coisa ao que já foi feito, e parece se isolar, ser um parênteses dentro da franquia.
Vale a pena assistir no cinema?
A verdade é que o filme é muito bom, e independente dele fazer ou não parte da franquia, vale a pena assistir no cinema. Quem já conhece os outros filmes, com certeza terá uma experiência mais completa, mas não é um pré-requisito.
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