O filme documentário “Kevin”, da diretora Joana Oliveira estreia hoje nmos cinemas.

Kevin narra o reencontro de Joana com sua amiga ugandense Kevin Adweko. É um filme que aborda a amizade entre duas mulheres, abordando questões importantes como sororidade, relações inter-raciais e feminismo.

Sinopse

É a primeira vez que Joana, uma brasileira, visita sua amiga Kevin na Uganda. Elas se tornaram amigas há 20 anos quando estudaram juntas na Alemanha e faz muito tempo que não se veem. A partir desse encontro, o filme tece a fina trama que é uma conversa entre duas amigas: as histórias do passado, os desejos, os caminhos trilhados, os diferentes modos de encarar a matéria do vivido e um elo de amor e sororidade que resiste à distância e ao tempo.

A filmagem, que começou em 2017 na Uganda, depois gravado em Belo Horizonte, foi finalizado na cidade de Jinja na Uganda. Mas a história começa muitos anso antes. Joana e Kevin se conheceram na Alemanha em 1999 durante um intercâmbio, onde nasceu uma amizade forte e que se releveria duradoura e intensa.

*Nota do Crítico* : Como belohorizontino me sinto extremamente empolgado quando vejo minha cidade na tela do cinema, o nosso dia a dia, nosso jeito de falar, nossa cultura.

Uma mistura de gêneros cinematográficos que funciona

O filme é em estilo documentário, mesclando a narração dos fatos por Joana e o dia a dia com Kevin. Logo no começo temos a dimensão dessa relação, quando Kevin se comunica com Joana, que ainda está no Brasil enfrentando uma doença na família. O recorte posterior a isso é a ida dela para o país africano onde é recepcionada por sua amiga. Á partir desse ponto, o que podemos ver é uma história muito bonita entre as duas, além de conhecer muito da cultura ugandesa. Assim, entendendo como é a relação entre as pessoas naquela localidade, suas crenças, sua economia, a paisagem.

Kevin Joana Oliveira
Foto: Divulgação Embaúba Filmes

A fotografia foi um ponto muito importante na narrativa, e age como um personagem. A maneira como a câmera se movimenta, mantendo os movimentos do cameraman, traz uma naturalidade que nos faz acreditar fazer parte das cenas. Outro ponto muito importante foi a captação dos áudios, que não filtraram os barulhos externos, mantendo assim a dinâmica de um documentário mas que de alguma forma deu uma personalidade única para o filme.

Por fim, é preciso dizer que Kevin é uma mistura muito rica entre as culturas brasileira e africana, mostrando muitas similaridades que foram adquiridas por nós de nossos irmãos do continente ao lado. Além disso, também é preciso destacar que a maneira como o roteiro foi escrito, uma mistura de documentário e ficção, funcionou muito bem. Joana nos traz para dentro da amizade entre as duas mulheres, e nos convida a fazer parte dessa narrativa a partir do momento que nos permite interpretar livremente os sentimentos ali descritos na tela.

Saiba mais sobre o filme no site oficial.