O filme “Licença para Enlouquecer”, estrelado por Mônica Carvalho, Danielle Winits e Michele Muniz é uma comédia que apresenta as melhores amigas inseparáveis Sara, Lia e Leia convivendo no caos da quarentena em 2020. Com um elenco espetacular, o filme consegue extrair ótimas referências da pandemia do Covid-19.
Com roteiro de Mônica Carvalho e Michele Muniz, a direção do filme conta com Hsu Chien (Quem Vai Ficar com Mário). O longa acompanha a história de três amigas que precisam se adaptar ao “novo normal”, que é a quarenta. Portanto, elas precisam lidar com os trabalhos home office, encontros virtuais, uso de máscaras e o distanciamento social.
No meio de todo o caos da quarentena obrigatória, Sara (Mônica Carvalho), Lia (Danielle Winits) e Leia (Michele Muniz) ainda precisam lidar com o síndico Carlos (Nelson Freitas), que está sempre no pé das três. Afinal, elas não seguem corretamente o isolamento. Isso acaba ficando inevitável Carlos não se envolver com as amigas e criar um laço.
Então, quando as três amigas estão prestes a entrar em colapso com a nova rotina, surge a oportunidade de uma viagem a trabalho em Maragogi, Alagoas. Nessa viagem as coisas realmente começam a sair do controle e elas finalmente ganham a ‘licença para enlouquecer’.
Química do elenco
O elenco do filme é o maior ponto da produção, com atores de grande renome que conseguem fazer qualquer enredo ficar agradável de assistir. No entanto, o elenco não foi o suficiente para o filme ser bom.
A sincronia das três amigas: Sara, Lia e Leia, deixa qualquer um contente de acompanhar. De fato, as três amigas junto com o síndico do prédio Carlos, interpretado por Nelson Freitas, tem muita sincronia. A partir dessa viagem que várias pontos do roteiro começa a ficar bem cansativa de acomapanhar.
Porém, quando o filme começa a chegar no meio, os novos personagens são apresentados, mas será que tinha necessidade dessas novas adições? O filme começa a tomar um outro rumo do que estava proposto no início, o que acaba ficando confuso a adição das pessoas. São personagens soltos para um história que aos poucos começa a ficar solta e no fim tem uma tentativa de conectar todas as pontas mas acaba ficando sem um verdadeiro propósito.
As inseguranças que a quarentena causou em muitos brasileiros
A princípio o roteiro parece focar na quarentena e como que o ano da pandemia do Covid-19 foi difícil para o mundo. O filme dá a falsa impressão que tudo irá girar em torno das três amigas morando juntas em um cubículo de apartamento e percebendo as inseguranças que a quarenta causou em todos.
Mas então surge a viagem para Maragogi e a ídeia de acompanhar o isolamento de três pessoas vira uma verdadeira festa nada isolada em uma paraíso.
Então, até a metade do filme podemos notar várias referências em como o brasileiro viveu na quarentena, seja com o home office ou com os ataques de pânico gerados pelo isolamento. Além disso, como a quarentena fortaleceu alguns laços e criou outros. Podemos perceber muito a criação dos laços com as amigas e o síndico, pois a história gira em torno dos quatros. Apesar da metade para o fim o enredo se perder e ficar um pouco confuso, o final consegue ainda fortalecer o laço criado entre os quatros, mas não é o desfecho ideal para a proposta do filme.
Em suma, o filme “Licença para Enlouquecer” é uma produção nacional que engloba a quarentena isolada e como aos poucos o “novo normal” passou a ser aceito. Com isso, eles acabam abordando sobre o uso incorreto das máscaras que muitos brasileiros fizeram, a importância da vacinação, do isolamento e das relações. O filme pode ser uma pedida pra assistir em casa quando chegar no streaming, mas não vale a pena assistir no cinema.
Licença Para Enlouquecer estreia dia 04 de Abril nos cinemas.