Quem não quis ser astronauta quando criança, principalmente quando em 1995 descobrimos que um brinquedo, o Buzz Lightyear podia tomar vida e nos mostrar como poderia ser divertido ser um Patrulheiro Estrelar. Pois bem, se brinquedos podiam tomar vida, nós poderíamos virar astronautas. E agora, mais de 20 anos depois, vamos conhecer a história do astronauta que deu origem ao boneco de Buzz em Toy Story. E é bom lembrar que a franquia revolucionou a história das animações. A Pixar tem um papel fundamental em toda a evolução hollywoodiana e isso é inegável.

O lendário Patrulheiro Espacial, Buzz (Chris Evans), tem uma missão muito importante, ou seja, salvar todos os ocupantes de sua nave espacial após um terrível acidente, e para isso ele precisará perder tudo o que mais ama e aprender que a vida é muito mais fácil quando se tem em quem confiar.

O diretor do filme e roteirista, Angus MacLane decidiu mostrar ao mundo que sempre é possível inovar bebendo da fonte original, desde que você tenha coragem para acolher o que é mais precioso naquela história. Para Lightyear é besteira dizer que se trata de uma reciclagem de ideias já postas, mesmo utilizando os clichês que fizeram de Toy Story um sucesso.

Roteiro

O roteiro de MacLane é cheio de boas ideias, e todas elas usam como âncora a estrutura sólida que Buzz já traz em sua história desde os anos 90 e após todas as sequências que a franquia teve. Mas é bom lembrar a todos que Lightyear não é continuação de Toy Story, e apesar de ter algumas referências e easter Eggs, estes servem somente como apelo nostálgico para os fãs, e isso é um acerto.

Angus foi corajoso em sustentar suas ideias, ele abraçou tal ideal e não o largou, e ganha pontos importantes ao dar a devida atenção a representatividade e a diversidade, com muita maturidade e sensibilidade. O resultado é um filme com grandes arcos, boas doses de comédia, ação e muito amor e respeito envolvido.

Imagem: Reprodução Disney| Pixar

Lightyear é emocionante, e consegue de forma bem simples falar de temas bastante complexos. Ele não teve medo de colocar um beijo lésbico em seu filme, e fez isso com a sutileza e beleza que era possível e necessária. E é bom que fique claro, o filme fala de amor, fala de amizade, fala de superação, fala de respeito.

Personagens são acerto em diversidade e coerência

Prova disso sãos os personagens incríveis que ele coloca no caminho de Buzz. Cada um dos integrantes dessa tropa estrelar tem um papel bem definido dentro da história. Cada um é necessário para fechar um elo na corrente que transformaria aquele piloto em um herói completo. Um dos personagens mais icônicos desse filme é o gatinho Sox, um robô companheiro de Buzz que o ajuda em suas missões e suas emoções. Sox é a cara da Pixar, que adora nos fazer apaixonar por pequenos detalhes em seus filmes.

Para finalizar, Angus foi muito inteligente também na construção do vilão. Não poderia ser diferente, e não poderia ser mais assertivo. Para evitar spoilers, falarei dele em outra oportunidade, porque apesar de caricato, foi bem interessante.

Lightyear é um filme completo, cheio de mensagens positivas e lições importantes a passar. Ele abraça temas importantes, abraça as pessoas em todas as suas possibilidades, abraça o amor em todas as suas formas. E para não dizer que não tem erros, o final poderia bem fazer uma pequena alusão ao Andy, acho que faltou essa conexão.

Vale a pena assistir no cinema com toda a família!