Fomos convidados pela Vitrine Filmes para assistir ao filme “ME CHAMA QUE EU VOU”, documentário sobre os 50 anos de carreira de Sidney Magal.
Primeiramente conheça a sinopse do filme:
“O documentário mostra a trajetória dos 50 anos de carreira de Sidney Magal, narrado por Sidney Magalhães. Os momentos mais significativos da vida do cantor, dançarino, ator e dublador que se tornou um ícone da música popular brasileira. O homem por trás do ídolo, sob o ponto de vista dos próprios participantes da história.”
ME CHAMA QUE EU VOU – Documentário simples e nada ousado
Em pouco mais de 1 hora de duração, cerca de 70 minutos, Sidney Magal se mostrou entusiasmado e disponível para falar sobre seus 50 anos de carreira e sobre sua vida pessoal, entretanto a produção cai em uma certa simplicidade.
Primeiramente, Magal, já no início do documentário, revela que sempre quis ser famoso, ser conhecido e adorado pelas pessoas. Ícone repleto de carisma, símbolo sexual de sua época, Magal esbanjou ousadia em sua carreira e derrubou barreiras e preconceitos.
Sua mãe o acompanhou no início de sua carreira, e posteriormente, Magal passou um período na Europa, onde amadureceu, sem a influência materna.
Conforme vai passando o documentário, são revelados detalhes importantes de sua carreira. Iniciou sua vida como dançarino, descobrindo o sucesso como cantor, chegando até às novelas, musicais e filmes. Magal mostra que é um artista completo, fruto de muita dedicação que o transformou na figura do cantor latino, com linhagem cigana que enlouquecia mulheres e homens por onde passava.
O documentário foca mais nas variadas versões do artista em sua vida, mas peca em não conseguir trazer toda a ousadia que o artista teve e ainda tem em sua carreira. Embora ele tenha citado em um momento do filme sobre ter sua sexualidade questionada, o documentário não vai além disso. Só para ilustrar, o filme não busca explorar temas importantes que existiam na época e que perduram até hoje como questões de classe, sexualidade e erotização dentro do mundo musical. Entretanto, a diretora consegue abordar a questão do brega e do popular, mostrando críticas e citações sobre a carreira de Magal.
Contudo, o documentário possui diversos momentos em que Magal canta algum de seus sucessos, sendo um dos pontos mais interessantes de se acompanhar.
Antes de mais nada, o que se percebe é que foi uma homenagem feita de uma fã para o artista, sem abordar assuntos mais polêmicos. Dessa forma, o documentário é muito superficial.
Surpreendentemente, há momentos interessantes onde a diretor aborda um pouco sobre os momentos íntimos do artista e sua história de amor com Magali.
Conclusão
Em conclusão, ME CHAMA QUE EU VOU possui um tom leve, com fotos, materiais jornalísticos, trechos de programas e depoimentos para mostrar o sucesso de Magal. Entretanto, tudo isso acaba não agregando muito ao título do documentário, cujo é o mesmo nome de uma de suas músicas de sucesso. Faltou na obra o principal que teve na carreira de Sidney Magal: a ousadia.
Para quem é realmente fã e quer curtir as músicas e ver um pouco mais de Magal em uma tela maior, pode ir aos cinemas, mas no geral, o filme pode ser visto em casa, durante uma tarde de sábado.
Mais sobre o filme
Veja o trailer:
Ficha Técnica
Direção: Joana Mariani
Roteirista: Joana Mariani/ Eduardo Gripa
Produção: Diane Maia
Produção: Mar Filmes em parceria com a Globo News/Globo Filmes, Canal Brasil e Mistika
Elenco: Sidney Magal, Magali West, Rodrigo West
Direção de Fotografia: Anderson Capuano
Direção de Arte: Marina Quintanilha
Produção Executiva: Diane Maia / Morena Koti
Trilha Musical: Sidney Magal e Caique Vandera
Montagem: Eduardo Gripa
Desenho de Som: Rodrigo Ferrante
Gênero: documentário, biografia
País: Brasil
Ano: 2020
Classificação: 10 anos
Duração: 70 min.
ME CHAMA QUE EU VOU foi exibido no Festival de Gramado, no qual ganhou Prêmio de Edição, assinada por Eduardo Gripa.
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