Crítica – Mentes Extraordinárias

O filme estilo road movie de comédia francês ‘Mentes Extraordinárias’ de 2021 estreia nos cinemas brasileiros no dia 19 de maio. 

Na trama, Louis é diretor de uma empresa funerária e Igor, homem que teve uma paralisia cerebral ao nascer, trabalha entregando legumes. Por acaso, estes dois homens embarcam numa viagem, a bordo de um carro funerário, para entregar os restos mortais de uma senhora idosa. A princípio possuem trajetórias e características muito distintas, mas durante a jornada, os dois se conhecem melhor e descobrem que possuem muito em comum.

Com direção de Bernard Campan e roteiro de Bernard Campan, Helene Gremillon e Alexandre Jollien, o filme apesar de trazer assuntos com o fim da vida, é leve e vivo ao mesmo tempo que diz tanto sobre a morte.

O encontro nada convencional e a forma com que os dois se aproximam é tão natural como se já fossem amigos há tempos. Até mesmo nos desentendimentos dos protagonistas, a resolução é simples, porque ambos se entendem e não se abalam. Assim como a forma com que o filme segue, tão natural e orgânico quanto os laços entre os protagonistas. 

Elenco

No elenco, Alexandre Jollien que interpreta Igor cativa não só por sua atuação e simplicidade de seu personagem, mas torna tudo mais real quando atua vivendo a sua própria realidade. Alexandre é um filósofo suíço que assim como Igor, nasceu com paralisia cerebral. O que casa perfeitamente com o entregador de verduras e considera grandes filósofos seus únicos amigos. 

Já Bernard Campan que interpreta Louis consegue passar de um homem sem emoções, que se conforma sem muita relutância com os acontecimentos de sua vida, para alguém que exala sentimentos e emoções. 

Por fim ‘Mentes Extraordinárias’ é tão extraordinário quanto o título, seja pela leveza da direção, roteiro e dos personagens. É um filme do qual mesmo quando termina, continua vagando por sua mente, seja pela excelente direção e fotografia ou pela humanidade que ele transborda.