“Meu Malvado Favorito 4” chega aos cinemas e entrega uma nova dose de diversão, aventura e momentos emocionantes que cativam tanto crianças quanto adultos. Ao nos levar novamente para o mundo de Gru e seus Minions, o filme apresenta um enredo cheio de potencial, mas com algumas falhas que merecem destaque. Para uma obra que vai competir diretamente com Divertida Mente 2, essa derrapada pode custar caro.

A história do filme

A história segue Gru, que involuntariamente provoca a ira de super vilões, Maxime Le Mal (Jorge Lucas) e sua namorada mulher-fatal Valentina (Angélica Borges) determinados a se vingar. Como resultado, Gru e sua família precisam se mudar de cidade e assumir novas identidades. Essa mudança força os personagens a se adaptarem a uma vida “normal”, enquanto o vilão trama um plano para sequestrar o filhinho de Gru, Gru Jr..

Os Minions, como sempre, são a grande atração do filme, ainda mais agora que são MegaMinions, com super poderes. Suas travessuras, agora acompanhadas de superpoderes, garantem risadas constantes e momentos de pura diversão. Eles são, sem dúvida, o coração da franquia, proporcionando alívio cômico e cenas memoráveis. As filhas, Margô e Edith também se destacam, especialmente a adorável Agnes com seu bode de estimação, que traz uma dose de fofura irresistível.

Gru continua sendo um personagem carismático e multifacetado, assim como o núcleo familiar brilha em amor e cumplicidade. É bacana de ver no que se tornou a franquia, em um filme totalmente focado na família e nas crianças. Inclusive, temos uma nova personagem, Poppy (Lorena Queiroz), uma aspirante à vilã surpreendente, que traz de volta essa veia vilanesca do primeiro filme.

MegaMinions, uma das grandes novidades de Meu Malvado Favorito 4.

Direção

A direção de “Meu Malvado Favorito 4” mantém a energia dos filmes anteriores, mas carece de um ritmo mais firme para evitar o arrastamento em algumas partes do roteiro. Visualmente, o filme é um espetáculo, com animações vibrantes e detalhadas que capturam a atenção e encantam o público. A cinematografia é criativa e bem executada, utilizando ângulos e movimentos que aumentam a dinâmica das cenas de ação, proporcionando uma experiência visualmente rica e envolvente.

A trilha sonora complementa bem o tom alegre do filme, embora não se destaque como uma das melhores da franquia. Ela cumpre seu papel de acompanhar as emoções das cenas, mas falta-lhe um tema memorável que fique na mente do público.

Roteiro derrapa ao subutilizar vilão

Enquanto o filme se concentra em trazer novidades, como super poderes para os minions e a inserção de um novo personagem, o roteiro não sabe aproveitar todo o potencial que isso pode trazer para a trama. Prova disso é a subutilização do vilão, que tinha potencial para ser bem mais interessante, e é subutilizado na maior parte do tempo.

A trama é interessante, abordando temas como a importância da família, resiliência e a luta entre o bem e o mal. No entanto, o ritmo do filme é inconsistente. Momentos de ação e humor são frequentemente interrompidos por sequências mais lentas que prejudicam o fluxo da narrativa, tornando algumas partes do filme menos envolventes.

E apesar da dublagem brasileira ser simplesmente fantástica, a dublagem de uma personagem especifica, a Poppy, choca. Não tenho certeza se foi somente na nossa sessão ou se é em todas, mas visivelmente tem um problema na mixagem de som dessa dublagem especifica.

Vale a pena assistir?

Acho que é preciso ter em mente o público alvo do filme, as crianças. Nesse critério, o filme acerta muito, porque é colorido, tem piadinhas bem bobinhas. Ele ainda consegue entreter e tocar o coração do público. Os Minions continuam sendo a alma da série, proporcionando risadas e momentos inesquecíveis. A interação familiar entre Gru e suas filhas adiciona uma camada de emoção e calor que equilibra as cenas de ação e comédia. Se você é fã de animações e procura uma diversão leve, este filme vale a pena conferir, as crianças irão amar.