Moonfall é o novo filme do famoso cineasta Roland Emmerich, que entre outros trabalhos tem em seu currículo Independence Day de 1996 e 2016, O Dia depois de Amanhã e 2012. O que todos eles tem em comum? O fim do mundo. Dessa vez é a Lua que coloca a vida da humanidade em risco. Uma forma misteriosa tira a lua da sua órbita, e claro, isso desencadeia uma séries de acontecimentos catastroficos na terra, desde a subida das marés, alteração da gravidade e até mesmo a hipóxia humana.

O filme tem um elenco bem diversificado, entre atores bem conhecidos e atores nada conhecidos. O maior trunfo desse baralho com certeza é Halle Berry, uma das maiores atrizes do cinema americano. Ela vive Jo Fowler, uma ex-astronauta que trabalha para a Nasa desde que sua missão com Brian, vivido por Patrick Wilson, deu extremamente errado. Tudo isso muda quando ele conhece o Dr. K.C. interpretado por John Bradley de Game of Thrones.

Halle entrega uma atuação muito convincente, considerando o papel que teve, um papel que poderia ter sido muito melhor explorado além do clichê. Mas quando a atriz é boa, ela consegue extrair água de pedra, e assim foi feito. Patrick Wilson, por outro lado, não teve tanto trabalho assim. Seu papel foi bem roteirizado, e conseguiu convencer. Mas de fato, Bradley é a surpresa. A principio ele é trabalhado como o alivio cômico, muito semelhante ao trabalho que Josh Gad teve em Pixel, mas que conseguiu roubar pra si toda a cena. Agora, falando ainda em elenco, baita desperdício ter Donald Sutherland a seu dispor e não usa-lo de forma adequada, um desperdício.

Moonfall entrega uma nova história sobre como a terra pode ser aniquilada rapidamente, e como que nós seres humanos somos incapazes de cuidar do planeta e de nós mesmos. Essa é a grande filosofia por trás do filme, ao mesmo tempo em que tudo pode acabar o ser humano ainda é capaz de piorar tudo com arrogância, ganancia e falta de empatia.

Claro, o que faz desse gênero um sucesso de números são as mentiras. Moonfall claramente é uma mistura de 2012 com Independence day, em toda sua concepção de história. Tratando de temas extraterrestres e como isso interfere na terra, e claro, as consequências apocalípticas vistas na terra como consequência. Crateras se abrindo na rua, muita destruição, manobras de carros em alta velocidade enquanto tudo está caindo sob sua cabeça. Mas é disso que se trata, é uma maneira de se abstrair da realidade.

Uma outra característica que os filmes anteriores de Emmerich tem em comum são as histórias dos personagens que ocorrem em paralelo ao desastre. Conflitos humanos que contrastam com os conflitos da humanidade, essa é a fórmula, e ela funciona bem até certo ponto.

Enfim, esse é um daqueles filmes que você pode até achar absurdo, e de fato é. Pode questionar cada situação cientifica, coisas que fariam seus professores de química e física do ensino médio morrer do coração. Mas que de alguma forma absurda você gosta, vibra e sai do cinema feliz. Belo acerto Emmerich!