E se de repente você decidisse que não quer mais ser você, pois bem, é sobre isso que “O Palestrante” fala. Fábio Porchat é Guilherme, pelo menos durante alguma parte do filme. Mas após perceber que sua vida é sem graça, sem emoção e que tudo está dando errado, ele acaba assumindo o lugar de Marcelo. O que ele não imaginava é que Marcelo é um palestrante motivacional que foi contratado para trabalhar em um resort animando os funcionários de uma empresa.
A ideia, claro, saiu da cabeça de Porchat, que assina o roteiro e também atua no filme. Ao lado de grandes nomes da comédia nacional do momento, o filme é uma grande esquete de comédia. Mas isso não é um problema, o diretor Marcelo Antunez conseguiu unir esses pequenos momentos de comédia e transformou em um filme bem interessante. O longa não tem compromisso com a profundidade, mesmo que existam lições importantes a serem tomadas pela história.
Atuações divertidas garantem boas risadas
Fábio e Marcelo Antunez conseguiram reunir um elenco que fosse dar conta do recado. É como se fosse um clube dos amigos de Porchat, reunidos para contracenar. Dani Calabresa vive Denise, par romântico de Guilherme/Marcelo. Além dela, Antonio Tabet, Otávio Muller, Maria Clara Gueiros, Miá Mello, Paulo Vieira, Rodrigo Pandolfo, Letícia Lima, e vários outros. O filme ainda reserva uma grande surpresa no final.
O timing da comédia durante o filme consegue manter a atenção do espectador, mesmo nas cenas mais sem sal. Sim, isso acontece durante vários momentos. O roteiro é pensado muito na comédia, mas acaba se perdendo um pouco durante o assuntos mais sérios ou que demandam mais intensidade. Nem mesmo Porchat e Calabresa, que têm vasta experiência, conseguem entregar intensidade em momentos mais sérios. Reitero, o filme não tem esse compromisso, por tanto, é pura e simplesmente uma comédia e nesse quesito o filme vai muito bem, obrigado!
Por fim, é um filme que vale a pena assistir num domingo despretensioso para ter uma hora e meia de risada boa.