O Pior Homem de Londres é um filme do cineasta português Rodrigo Areias. O longa é inspirado na história de Charles Augustus Howell, um negociante de arte que inspirou contos Arthur Conan Doyle em Sherlock Holmes. Assim, o protagonista é interpretado pelo ator Albano Jerónimo.
A produção se passa em Londres, durante a era vitoriana, e mostra o envolvimento do figurão luso britânico com a comunidade artística da época. Howell se apresenta como secretário do crítico John Ruski e agente de artistas. Porém, o que ele esconde é que, na verdade, as roupas e o bigode extravagantes escondem um espião chantagista. Portanto, o apelido de “o pior homem de Londres” vem do próprio criador do personagem detetive.
Dessa forma, ao longo da narrativa vemos como negociador o manipulava artistas, como Lizzie Siddal (Victoria Guerra) e Dante Gabriel Rossetti (Edward Ashley). Talvez, os nomes pareçam conhecidos, e são. Muitos destes, além de Howell, de fato existiram, mas o filme se trata de uma dramatização adaptada de histórias que remontam esse período.
Em resumo, além de manipular todos à sua maneira, Howell ainda fornece drogas aos seus agenciados e se envolve no atentado contra Napoleão III e nas conspirações para derrubar o trono inglês.
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Vale a pena assistir ‘O Pior Homem de Londres’?

A estética de ‘O Pior Homem de Londres’ é impecável. O figurino transparece perfeitamente a personalidade de cada personagem e é claro que o protagonista se destaca com uma paleta super colorida e chamativa, como sua personalidade pede. Dessa forma, o êxito se repete na fotografia, os cenários são muito bem explorados e as expressões do elenco também.
A interpretação de Albano Jerónimo como Charles Augustus Howell me lembra um pouco Oswald Mosley de Peaky Blinders. Portanto, Howell é inconsequente, irreverente e super articulado. O que me incomodou um pouco e, talvez, incomode outros é que o desenvolvimento da trama é um pouco arrastado.
De início os relacionamentos não ficam muito claros e a quantidade de cartas e segredos contados é de embaralhar a cabeça. Não existe aquela sequência problema-motivação-solução. Todos os problemas acontecem quase ao mesmo tempo. Em resumo, ‘O Pior Homem de Londres’ é historicamente bastante interessante, mas acredito que os personagens secundários mereciam um desenvolvimento melhor. A produção acabava focando demais no protagonista e os outros componentes ficam meio aquém no roteiro.
Imagem de capa: IMDb
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