Crítica – O Porteiro

O Porteiro é aquele tipo de filme que encanta por si só, sem muita firula e sem enrolação. Baseado na peça homônima e estrelada por Alexandre Lino, a história do porteiro Waldisney sai dos palcos cariocas e entra em todas as salas de cinema do Brasil.

Confusão é o que não falta no prédio onde Waldisney (Alexandre Lino) trabalha como porteiro. Todo dia é um bafafá entre os vizinhos, mas ao lado da zeladora Rosivalda (Cacau Protásio), ele é craque em manter essa bagunça organizada. Tudo isso muda quando o prédio é assaltado e Waldisney agora precisa provar para o delegado (Maurício Mafrini) que ele pode até ser meio atrapalhado, mas ladrão ele não é, não!

Cacau Protássio e Alexandre Lino em O Porteiro
Foto: Wmix Distribuidora Ltda / Laura Campanela

A história

Alexandre Lino e o diretor da peça e do filme, Paulo Fontenelle, entrevistaram vários porteiros da capital carioca para a montagem da peça. Verdade é que qualquer um que mora em prédio pode facilmente se identificar com as situações narradas na história. Quem nunca teve um vizinho fedorento, ou que faz barulhos demasiados nas noites de amor, ou até mesmo, um síndico picareta.

Verdade é que na simplicidade de uma história como essa, onde a risada vem fácil, o maior tesouro é a da felicidade instantânea.

Porém, é preciso dizer que, ao trazer para a tela o que antes era do palco, talvez tenham pecado no ritmo do filme. Existem várias pausas dramáticas que podem funcionar muito bem no palco, onde a plateia precisa de tempo para reagir, rir, aplaudir, recuperar o folego. Sendo assim, fiquei com a impressão de que faltou esse cuidado em imaginar que precisariam de um ritmo um pouco mais frenético para fazer funcionar nas telonas. Quem gosta de filmes com uma pegada mais acelerada provavelmente vai se decepcionar, mas para aqueles que estão acostumados com o ritmo do teatro, vão adorar.

Mas isso em nada desabona a capacidade do filme em fazer rir, até porque, com um elenco onde Alexandre Lino e por Cacau Protásio são protagonistas, não tem como ser diferente. E ao lado deles o eterno Paulinho gogo, Mauricio Manfrini, completa o elenco de humoristas que fazem acontecer.

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Vale a pena assistir no cinema?

Em um momento onde o cinema nacional está se recuperando de uma série de problemas, desde politica a pandemia, é um alento receber uma obra assim, simples, objetiva, divertida, e que vai agradar a família inteira.

É uma excelente oportunidade de ir com a família toda ao cinema no domingo, se divertir e voltar pra casa com uma vontade enorme de dar um abraço no seu porteiro.

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