Olá, pessoal! Espero que estejam bem!
Hoje vamos falar de um filme de suspense/terror que foi uma coprodução dos EUA e da Indonésia, chamado The Blackout Experiment, ou, em português, O Último Jogo. Assistam ao trailer, leiam a sinopse e depois vamos debater sobre o que eu percebi no filme. Vamos lá?
Sinopse:
Seis estranhos enfrentam a decisão final: matar, ser morto ou deixar um ente querido morrer. Presos em uma sala escura e com instrumentos de morte, o verdadeiro caráter de cada estranho é revelado enquanto eles são forçados a cumprir os desejos de uma cientista social fria e sem emoção, Dra. Kasuma. Apenas um sobreviverá. A cada morte os sobreviventes estão um passo mais perto da liberdade, mas ainda assim, a apenas um movimento da morte. Às vezes, para entender as massas, você precisa sacrificar alguns indivíduos.
Com direção de John David Moffat IV, a sinopse desse filme me lembrou muito outros filmes: Jogos Mortais (2004-2017) e Would You Rather (2012). Dito isso, eu logo me interessei porque são filmes que eu aprecio pelas características de gore, tensão e suspense. Mal sabia eu que o filme me decepcionaria tanto.
Por se tratar de um filme de suspense e terror, você espera que o suspense ao menos seja bem construído, não é? Pena que isso não acontece nesse filme. As cenas são mal construídas, as atuações são muito fracas, sintéticas, e todos os personagens parecem engessados em determinados estereótipos, que em alguns momentos me geraram irritação, e em outros me deram boas crises de riso. Além disso, para um filme de 81 minutos que se passa em um cômodo só, a ambientação também não foi bem construída. O jogo de cores utilizado foi até interessante, mas a tensão não aparece em momento nenhum, já que os personagens não conseguem transmitir “verdade” em suas atuações.
Pegando mais uma vez o exemplo de Jogos Mortais, nos primeiros filmes o principal antagonista é “o boneco”, basicamente. E até ele consegue ter mais carisma e passar mais medo do que a antagonista desse filme. A Dra. Kasuma aparece durante todo o filme praticamente com a mesma expressão, e você não consegue sentir nada por ela além de ranço. Tudo que ela fala, os motivos que ela apresenta para aquele experimento, as reações dela aos comportamentos e atitudes dos personagens… nada transparece um sentimento de realidade. E com uma antagonista fraca, infelizmente as chances do longa serem boas já caem bastante.
Outro problema foi a decisão errônea dos diretores e roteiristas ao tentarem inserir elementos dramáticos durante todo o filme. Se ao menos tivessem sido bem construídos, mas não são. Os dramas são previsíveis igual as ações e reações da antagonista. Você não sente nada por ninguém e nem por nada que acontece. É praticamente impossível conseguir se apegar aos personagens e, sendo sincera, em um determinado momento você só quer que todos morram de uma vez. E os discursos “pré-morte” dos envolvidos tiram toda e qualquer possibilidade do espectador sentir algo com aquilo por serem muito “falsos”. O que eu quero dizer com isso? Que todos ali falam coisas que dificilmente alguém diria na hora da sua morte, ainda mais sob aquelas circunstâncias.
E pegando um gancho nisso, não somente as atuações são ruins, como também os diálogos são forçados, superficiais, desnecessariamente longos e expositivos, como se a todo momento o roteiro quisesse segurar a mão do telespectador para que ele saiba “o que ele deve sentir e pensar com aquela cena”, mas o que acaba acontecendo é o resultado oposto. Por fim, com tudo isso, posso dizer que o filme não prende a atenção e o final também é previsível. Infelizmente foi uma das maiores decepções cinematográficas que tive esse ano.
Mas, como de costume, devo insistir para que se você tiver interesse, assista e tire suas próprias conclusões 😉
Por hoje é só, pessoal! Obrigada pela leitura, e, como sempre, se cuidem e até a próxima!