Operação Hunt é um daqueles filmes de tirar o fôlego, com muita ação, investigação, suspense e guarda para o final um dos melhores plots de filmes de ação dos últimos tempos. Essa é uma qualidade que adoro no cinema da Coreia do Sul. O que pode ser uma surpresa para muitos é que a história é baseada em eventos reais.
“Operação Hunt” conta a história de Park Pyong-ho (Lee Jung-jae) e Kim Jung-do (Jung Woo-sung, de ‘Innocent Witness’), integrantes da Agência Central de Inteligência Sul-Coreana. Eles precisam desmascarar a identidade de um traidor infiltrado e acabam descobrindo a existência de um plano para assassinar o presidente do país.
Cinema Sul-coreano entrega atores carismáticos e personagens inesquecíveis
Como eu sempre gosto de frisar, bons filmes são feitos de peças que se encaixam perfeitamente. Não atoa, Operação Hunt levou mais de 4 milhões de pessoas aos cinemas coreanos no seu ano de lançamento. Estrelado por Lee Jung-jae (“Round 6”) o filme consegue nos convencer das intenções legitimas de seus dois principais personagens, Park Pyong-ho (Lee Jung-jae) e Kim Jung-do (Jung Woo-sung, de ‘Innocent Witness’). Os dois trabalham em agências de segurança da presidência do país e precisam tentar decifrar uma organização que tenta desestabilizar o governo sul-coreano em favor do governo norte-coreano.
E pra mim o grande acerto aqui foi justamente a afinidade entre os dois atores, uma afinidade que nos leva a tomar um lado na desavença entre os personagens. O cinema sul-coreano tem dessas coisas, nos fazer apaixonar pelos personagens independente de suas motivações.
O tom de suspense e investigação nos mantém ligados em cada detalhe, afinal de contas, tentamos antecipar os resultados. Essa ansiedade nos da uma sensação gostosa de fazer parte da história.
Em questão do contexto histórico, o filme não se preocupa tanto em dar esses detalhes, apesar de alguns dos fatos narrados ali serem públicos. Porém, esse conhecimento prévio não é necessário para entender e apreciar a obra. Em alguns momentos essas lagunas abertas podem incomodar um pouco, mas penso que se o roteiro se aprofundasse demais nessas questões o filme deixaria de ser uma ação e se tornaria um documentário.