Chega aos cinemas o novo filme da Paris Filmes, “Os Estranhos: Capítulo 1”, uma tentativa de reviver a história do filme homônimo de 2008. A grande pergunta que se impõe é: será que esse remake consegue fazer jus ao original?

O Filme

Na trama, Madelaine Petsch interpreta uma jovem que, ao lado de seu noivo, inicia uma nova fase da vida. Durante uma viagem a um local isolado na floresta, o casal se torna alvo de uma misteriosa gangue de estranhos mascarados que atacam sem qualquer aviso ou motivo aparente. O que começa como uma luta desesperada pela sobrevivência se transforma em uma jornada de coragem e resistência da protagonista. Este filme marca o início de uma nova trilogia de terror.

Dirigido por Renny Harlin e estrelado por Madelaine Petsch, conhecida por seu papel em “Riverdale”, o longa é um remake que busca reviver o sucesso do original. No entanto, vale questionar se havia a necessidade de um remake tão cedo, visto que o filme original foi lançado há menos de 15 anos.

Mesmo contando com um elenco competente, incluindo Froy Gutierrez, Gabe Basso e Ema Horvath, o filme não parece ser uma obra a ser levada a sério. Embora o visual seja superior ao original, com máscaras bem elaboradas e uma trilha sonora adequada ao gênero, os aspectos positivos param por aí.

Cartazes do terror “Os Estranhos: Capítulo 1” (The Strangers: Chapter 1), estrelado por Madelaine Petsch, de Riverdale.
Os Estranhos: Capítulo 1 – Paris Filmes

Terror Derrapa Feio e se Perde em Clichês Mal-feitos

Renny Harlin, conhecido por dirigir filmes como “Duro de Matar 2”, “A Ilha da Garganta Cortada” e “Exorcista – O Início”, traz sua assinatura de fotografia escura e reviravoltas interessantes. Contudo, ele fracassa ao tentar aplicar esses elementos em “Os Estranhos: Capítulo 1”.

Ao abordar remakes e reboots, espera-se que a nova obra traga melhorias ou novidades técnicas e narrativas. Infelizmente, esse filme não só deixa de fazer isso como também tenta copiar os elementos mais básicos do original, falhando miseravelmente.

Nada funciona, nem mesmo as atuações. O roteiro é confuso e incapaz de conectar-se com o espectador. Decisões absurdamente estúpidas, mesmo para o gênero slasher, tornam o filme cansativo e previsível. Não há um momento sequer que realmente assuste ou provoque aquele tão esperado pulo em um jumpscare.

O ritmo do filme, não acompanha a intenção do roteiro de ser ágil e moderno. Cenas massantes, que acumulam uma sequência inadequada de close-ups, deixando o filme irritante.

“Os Estranhos: Capítulo 1” é uma tentativa frustrada de recriar o terror do original, resultando em uma obra que decepciona em quase todos os aspectos.