Crítica – Perdido em Londres

O filme Perdido em Londres é baseado nas experiências pessoais em uma noite muito maluca do ator Woody Harrelson, que além de atuar ainda dirige o longa.

Em uma noite qualquer, após trabalhar em uma peça de teatro, o ator passa por poucas e boas para chegar em casa. Entre os acontecimentos bizarros estão uma perseguição policial, encontros com membros da realeza, um encontro com o também ator Owen Wilson (Marley & Eu), ser preso e ainda acabar indo ao set de filmagens de Harry Potter. O roteiro se baseia em uma noite no Soho, em Londres, quando Woody quebrou um cinzeiro em um táxi e acabou sendo perseguido e preso pelo fato.

Um dos pontos mais interessantes desse longa, é a forma como ele foi filmado. Perdido em Londres foi filmado inteiramente em plano sequência, utilizando somente uma câmera. Dado todos os empecilhos e problemas que Woody causou e proporcionou na fatídica noite, filmar dessa forma, trocando de cenários e personagens a todo momento exigiu muita coordenação e direção. E ao que entra o grande trunfo, já que Harrelson dirige o filme enquanto atua. Claro, isso gera vários microproblemas com a filmagem, como cenas que focam nas paredes ou em detalhes como relógios, para dar tempo da troca de personagens do set. Porém, isso é quase imperceptível e na verdade, não faz diferença dada a grande ideia de filmar dessa forma.

Elenco diversificado

O elenco é bem diversificado, até mesmo o cantor country Willie Nelson e a atriz britânica Eleanor Matsuura (“The Walking Dead”) também estão no elenco. E as atuações são tão convincentes que em determinado ponto do filme você não consegue mais perceber que se trata de um plano sequência. Essa última parte, inclusive, por conta da bizarrice que a história nos conta.

Dessa forma, é preciso dizer que o filme passeia bastante por vários tipos de comédia, das mais complexas as mais bizarras. A fotografia é bem convincente, além disso fizeram um trabalho incrível com a sonoplastia. Um filme em que o áudio é muito importante para ajudar a compreender tudo que está acontecendo. É no som que Woody dá o ritmo para as cenas mais importantes.

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