O cinema espírita tem ganhado muita força na última década. Grandes bilheterias, sucesso de público, críticas positivas, conquistando um espaço importante na indústria cinematográfica. A aposta do momento é história de José Arigó, um dos maiores fenômenos mediúnicos da história através das cirurgias espirituais.

Sinopse:

Parece impossível, mas esta é uma história real. Através do espírito de Dr. Fritz, médico alemão falecido durante a Primeira Guerra Mundial, José Arigó (Danton Mello) se tornou uma esperança de cura para milhões de pessoas ao redor do mundo. Ele foi alvo de críticas por parte dos mais céticos, mas com o apoio de sua esposa (Juliana Paes), conseguiu salvar inúmeras vidas por intermédio da cirurgia espiritual. Predestinado a ajudar sem receber nada em troca, Arigó é hoje reconhecido como um dos maiores fenômenos mediúnicos da história.

Baseado totalmente na vida de Arigó

O filme tem como base o livro de mesmo nome, escrito pelo jornalista e escritor inglês John G. Fuller, que ajudou na construção do roteiro, além da participação ativa da família de Arigó na produção. Produzido pela Moonshot Pictures, FJ Produções e The Calling Production, com coprodução da Camisa Listrada BH e Paramount.

Arigó é interpretado pelo ator mineiro Danton Mello, que conseguiu trazer para a tela do cinema as inúmeras expressões características das sessões espirituais. É impressionante como ele conseguiu dar vida a dois personagens ao mesmo tempo, que trocavam de lugar num estalar dedos. Em um momento era Arigó, um homem respeitoso, meigo, tímido, e no outro momento encarnava Dr. Fritz, com seu jeito truculento, sério, objetivo e às vezes até mal-educado. Danton conseguiu não somente nos convencer que aquilo ali era real como também nos fez sentir tele transportados para aquela época.

Confira nossa entrevista como ator Danton Mello sobre o filme

Atuações e elenco são ponto alto do filme

O filme conta também com outros nomes grandes do cinema nacional, Juliana Paes vive Arlete, a esposa de Arigó. Uma mulher devota, forte, trabalhadora, e que esteve ao lado de seu marido até o fim. Juliana está muito bem nesse papel, interpretando uma mulher simples, mas com determinação. Faltou talvez um pouco mais da inserção da história dela, ela nos é apresentada como esposa de Arigó e pronto, poderiam ter dedicado um pouquinho do tempo para nos mostrar mais sobre Arlete. Outro nome forte é o de Marcos Caruso, que vive o Padre da cidade, que trava um embate moral e político com Arigó. Mesmo com pouco tempo de tela, Caruso entrega tudo e nos faz odiar seu personagem em vários momentos. Isso só mostra como ele foi poderoso no seu papel.

Foto: Imagem Filmes

Filmado totalmente em Minas Gerais, a fotografia não poderia ser menos do que maravilhosa. As locações escolhidas nos levam de volta aos anos 50 e 60 com muita facilidade. Até mesmo as cenas gravadas em Belo Horizonte foram muito bem desenvolvidas para mostrar como era a cidade na década de 50. As belas paisagens de Congonhas são um deleite para quem gosta do ar interiorano de Minas.

Por fim, é importante dizer que esse filme traz uma grande reflexão sobre fé e amor ao próximo. Independente de religião a mensagem final é de que fazer o bem vale a pena, pensar no outro com carinho e amor é o melhor caminho para a pacificação do ser humano. E mais uma vez vemos que os filmes com temática espírita estão ganhando um espaço poderoso no cinema.