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Então, sem enrolação, vamos logo ao tema de hoje. Vamos falar sobre o primeiro filme da nova trilogia da Netflix: Rua do Medo: 1994. Para quem ainda não viu o filme, não se preocupe. Todas as críticas aqui são sem spoilers! Então pode ler sossegado. E caso você não tenha visto nem o trailer, aqui está:

Sinopse:

Numa cidade acometida por ondas de violência espaçadas ao longo da história, um grupo de adolescentes descobre que a cidade foi amaldiçoada por uma bruxa morta há muito tempo, que tem o costume de enviar seus seguidores imortais para acabar com a vida dos moradores dessa cidade. Então os jovens tentam de tudo e fazem o que podem para quebrar a maldição e parar essa perseguição implacável.

Essa trilogia foi baseada em uma série de livros escrita por R.L. Stine (The Fear Street Saga) e adaptada para os longas por Phil Graziadei, Leigh Janiak e Kile Killen. Apesar desse trio ser bem desconhecido, eles possuem várias chances de se destacarem após essa produção, que, aos meus olhos, é bem promissora.

Vou começar falando de algo externo à série, mais quase que um elogio à Netflix. Achei muito bacana essa ideia de lançarem três filmes em um curto espaço de tempo, quase como se fosse uma série, só que com episódios de quase duas horas. Gostei de como isso interferiu no desenrolar da narrativa durante a construção desse primeiro arco.

O filme conta com um elenco jovem não muito conhecido, exceto talvez pelas atrizes Olivia Scott Welch, que já é conhecida para quem assistiu a série Panic, da Amazon (que inclusive eu recomendo!), e Maya Hawke, nossa querida Robin de Stranger Things. Mas de forma alguma estou dizendo que as atuações do elenco são ruins, pelo contrário. Suas atuações convencem o telespectador e nos mantêm entretidos na trama. No entanto, teve uma atuação que não me agradou muito (mas isso foi graças ao roteiro e ao papel dado à ela), que foi a da protagonista, a atriz Kiana Madeira, como Deena. Achei que suas aparições foram levemente exaustivas porque tornavam todas as cenas um pouco melodramáticas, e seus discursos a fizeram parecer uma garota mimada e egocêntrica. No mais, achei a construção dos diálogos muito boa e muito natural. Os roteiristas se empenharam em criar relações e conversas com um ar autêntico, como se os atores em cena já fossem amigos e tivessem realmente essa dinâmica entre si. Graças a isso e a outros fatores construídos na trama, aos poucos começamos a gostar e nos importar com os personagens e com o que vai acontecer com eles, e isso nos deixa apreensivos pensando sempre “será que fulano vai sobreviver?”.

O início do filme tem uma referência clara ao filme Pânico (1996), e eu achei muito interessante essa homenagem que fizeram, que depois eu percebi ser algo da essência dessa trilogia (vou falar mais sobre isso na crítica da parte 2). O longa não tem medo de fazer uso de clichês do terror e do slasher, como a música de tensão mais alta em certos momentos, jumpscares aleatórios, seres sobrenaturais que querem matar todo mundo, arquétipos básicos de personagens do gênero etc. Entretanto, esse filme nos mostra que, ainda assim, ele foge daquilo de “mais do mesmo” com alguns elementos como a rixa entre as cidades; uma construção um pouco diferente nos arquétipos costumeiros; alterações nas dinâmicas padrão para esse tipo de filme, e assim por diante. Tudo isso para que nós, telespectadores, não nos acomodemos pensando que já sabemos tudo e que vai acontecer aquilo que imaginamos, porque não vai.

Quanto à narrativa, ela progride de forma boa, num ritmo bom, sendo bastante capaz de nos entreter. E enquanto a narrativa se desenrola, nossa atenção fica presa na história graças às pequenas situações que aparecem e mantêm nossa tensão e curiosidade elevadas. Acho importante mencionar que grande parte do sucesso da ambientação do filme certamente se deve à trilha sonora, que é envolvente e casa muito bem com a trama nos momentos em que é inserida.

O filme é um feijão com arroz básico, que depois vai adicionando os temperos para deixar mais saboroso. Ele não é revolucionário nem inovador, mas a parte boa é que seus realizadores já sabem disso, então eles não levam o filme tão a sério, e nem tentam fazer o espectador levá-lo tão a sério, tornando-o muito mais divertido e original à sua própria maneira. Em suma, o que eu estou tentando dizer é: esse filme é como se fosse uma homenagem e uma sátira ao mesmo tempo, e eu achei isso genial.

Toda a construção desse primeiro arco mostrou ao público que esse filme possui uma problemática realmente intrigante e uma “identidade” própria, abrindo as portas para que os próximos filmes tenham um conteúdo novo para mostrar e se aprofundar, tornando o “todo” (os 3 filmes) uma obra mais única.

Mas e você, gostou desse novo modelo da Netflix de lançar filmes no formato de série? E o que achou do filme? Comenta aqui nos comentários que estou ansiosa pra saber a opinião de vocês!

Eu vou ficando por aqui, até semana que vem e um beijo!