O filme francês “Super Quem? Heróis por Acidente” é uma parodia aos filmes de super-heróis que tomaram conta dos cinemas na última década. Mas além disso, é uma parodia muito bem-humorada, que não desmerece, na verdade faz é uma boa homenagem aos clássicos.
Um ator esforçado que parece condenado a levar a vida de um perdedor. Quando finalmente consegue um papel principal como um super-herói chamado “Badman”, ele sente que tudo é possível, mas o destino ataca novamente.
Comédia na medida certa
O cinema francês é muito peculiar, e com a comédia principalmente. O diretor Philippe Lacheau, que também interpreta o protagonista já é bem conhecido do público europeu. Agora ele interpreta Cédric, um ator frustrado com sua vida e que tenta a todo custo se dar bem na atuação. Após conseguir o papel de um super-herói em um filme, ele acaba sofrendo um acidente e perde a memória, passando a crer que ele próprio é o herói. O roteiro meio pastelão lembra muito outros filmes mais bobos de heróis, como Kick-Ass e Super-herói – O Filme. Mas no caso do longa francês, a história consegue ser um pouco mais agradável, e de fato é muito engraçado.
A grande sacada do longa de Phillippe Lacheau foi de dar ao espectador todos os elementos no primeiro ato, para que ao longo do filme fosse fácil identificar a motivação de cada ação. Cédric é o típico rapaz legal, que tem amigos legais, mas que é atrapalhado. Além dos amigos, sua irmã Laure, também tenta ajudá-lo. Ela, que é da polícia, assim como seu pai. Esse fato, inclusive, é o centro emocional da trama.
Analisar um filme como esse, de parodia, é sempre um desafio, porque fica sempre a dúvida se um tal erro foi proposital, se uma cena malfeita foi pensada, mas a diferença aqui é que tudo no roteiro de Lacheau, Arruti e Dudan, é bem justinho. Inclusive, a amarração da trama é genial. Arrisco a dizer que o final do filme, com um plot twist quase inesperado, é a cereja do bolo.
Por fim, preciso dizer que eu gostei muito dessa parodia, que apesar de usar todos os clichês do gênero consegue desenvolver sua própria referência. E as piadas são muito boas, apesar de serem bastante idiotas.