Já não era sem tempo, que muitos esperavam um filme de Transformers somente com eles em Cybertron, esse dia finalmente chegou em Tranformers: O inicio. A animação dos robôs da Hasbro produzida pela Paramount Pictures, estava na prancheta a alguns anos, e todo os trabalho da equipe envolvida sem duvidas valeu a pena.

O inicio

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Imagem: Hasbro / Megatron e Orion Pax Transformers 1984

Transformers desde sua primeira animação nos anos 1980 sempre mostrou a guerra dos Autobots e Decepticons de forma atemporal, como se houvesse sempre existido. Porém nunca se aprofundou nas histórias de origem das guerras, com exceção dos quadrinhos da IDW onde esse universo era mais explorado.

Diante disso os fãs sempre pediram um filme dedicado a Cybertron, já que após 5 filmes Live-Action de Michael Bay acabaram por desgastar demais a franquia, sendo um dos motivos, fazer com que os humanos dos filmes fossem protagonistas ao lado dos Transformers, fazendo com que os robôs se tornassem apenas metal retorcido sem importância. Com exceção do filme Bumblebee, onde realmente a relação de humano e Robô funcionou extremamente bem. Ainda assim, o que mais desejávamos era um filme que passasse inteiramente em Cybetron.

Foram então que tiveram brilhante ideia de fazer uma animação que não só mostrasse inteiramente Cybetron mas também a origem de Optimus Prime e Megatron. Tudo isso a uma classificação etária de 10 anos, ou seja um filme que agradasse também o publico mais infantil. Já que toda a origem da franquia era criar brinquedos de robôs que as crianças gostassem

A amizade antes da rivalidade

Novo trailer de Transformers One mostra a relação de irmandade de Optimus Prime e Megatron

Após toda essa introdução vamos ao filme de fato. A história se passa muito tempo antes dos Live Actions ou animações que conhecemos. Uma Cybetron onde apenas alguns Robos conseguem se transformar, possuindo um Nucleo que permite isso. O restante dos robôs na maioria são mineradores. Incluindo Orion Pax e D-16. Orion sonha em se tornar algo a mais que um minerador, enquanto D-16 confia cegamente no que o líder de todos, Sentinel Prime diz, sendo Sentinel o ultimo dos Primes sobreviventes, aqueles que foram os primeiros lideres de todos os Tranformers.

A amizade de Orion e D-16 é algo suerral no filme. Assitir os jovens “Megatron e Optimus” como verdadeiros adolescentes brincalhoes, é algo que jamais poderíamos imaginar. Nada é exagerado, o alívio cômico fica por conta do b-127, o nosso querido Bee, onde ele fala tanto mais tanto, que acaba por compensar todos os filmes onde ele não tem voz. Uma grande ironia mesmo.

O filme apesar de não muito longo, tento quase 120 minutos, consegue incrivelmente estabelecer uma boa narrativa sem correr a história. Os personagens são apresentados de forma a se encaixar bem na historia. Ficando é claro um foco maior no desenvolvimento de Orion e D-16. Sendo esse o ponto onde o expectador pode ter mais atenção. Orion é um personagem sem medos, que quer se libertar. Já D-16 prefere seguir regras e não gosta de abusar da sorte. Um paralelo totalmente oposto as personalidades que viriam a ter mais tarde.

Animação de boa qualidade

transformers One
Imagem: Paramount

A animação do longa, está excelente, mesmo sem um orçamento nível “pixar”. O planeta Cybertron possui diversas ambientações além das cidades, como desertos e até vegetação. Um nível de detalhe muito bem pensado. Já os robõs mesmo possuindo traços faciais mais humanos, são bem diferentes um dos outros. O que ajuda a mostrar a emoção de cada um, ainda assim mantendo traços originais de alguns como SoundWave e ShockWave.

Um começo inédito

Optimus
Imagem: Paramount

Como mencionado, as origens de Optimus e Megatron já haviam sido trabalhadas em outras histórias da franquia. Mas aqui temos uma origem inédita que mescla outras já vistas nos quadrinhos e desenhos. Esse novo começo certamente irá balizar os rumos da franquia para o futuro. Ainda assim a obra aproveita personagens já conhecidos como o Sentinel Prime, mais uma vez envolvido em uma traição assim como em um dos filmes Live-Action. Assim o filme bebe muito nas fontes da primeira animação e também do primeiro filme em animação de 1986. Destacando poses de batalhas, e frases emblemáticas como “Vamos rodar” e “Mais do que os olhos podem ver”. Além de inúmeros “easter eggs” para os fãs de deleitarem.

Ponto fraco do filme

Talvez o único problema do longa esteja na sua trilha sonora, de fato não existe algo empolgante nela, e parece meio genérica. Faltou uma música do Linkin Park sem dúvidas, o que era marca registrada nos Live-Actions de Transformers, ao final de cada longa, acompanhado de um discurso de Optimus. Aqui temos algo parecido, mas sem Linkin Park infelizmente. Outra coisa que poderia ser um problema, seria o tom mais infantil, tanto da trama quanto da ação. Contudo, toda a tensão entre os personagens e a violência são bem trabalhadas e pouco infantilizadas, mostrando um ótimo trabalho da direção.

A dublagem brasileira está muito boa, mesmo sem a conhecida voz de Guilherme Briggs para o Orion Pax (Optimus), o elenco não falha em entregar boas vozes e falas, com destaque para Marcus Eni na voz engraçada do Bee.

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Imagem: Paramount

Por fim, o filme se distancia um pouco de tudo que saiu nos últimos anos da franquia no cinema, ao mesmo tempo que estabelece um novo começo bebendo na fonte das primeiras animações lançadas a 40 anos. Seja um fã, alguem que viu somente os filmes famosos Live-action ou até alguém que nunca viu da franquia, Transformers: O inicio irá agradar, encantar e entreter a todos. Passando a mensagem perfeita dos protagonistas da história, sobre liderança e altruísmo, mesmo que de formas opostas.