Dirigido por Luiz Alberto Pereira, o filme “Um Broto Legal” se passa no final dos anos 1950 e conta a trajetória da cantora popstar do rock nacional, Celly Campello. Dessa forma, o longa traz uma narrativa que transporta o telespectador a outro tempo, com uma história que conta com os sucessos da cantora e o que foi a representação de uma artista tantos anos atrás. O filme estreia nos cinemas amanhã, dia 16 de junho.
Sinopse:
“No final dos anos 50, Célia Campello é uma jovem de 16 anos em Taubaté, interior de São Paulo. Uma espécie de celebridade local, ela canta na rádio da cidade, onde tem um público cativo. Seu irmão, aspirante a cantor, acaba se mudando para São Paulo, onde é descoberto por um caça-talentos. Depois, será a vez dela. E esse é só começo da carreira daquela que ficou conhecida como Celly Campello, precursora do rock no Brasil, e responsável por hits como Banho de Lua e Estúpido Cupido.”
Sobre o filme
Primeiramente, a narrativa de “Um Broto Legal” se inicia com um foco especial no irmão de Celly, que viria a ficar conhecido como Tony Campello. O filme trata do cenário no final dos anos 1950 e início de 1960 e possibilita que conheçamos um pouco da arte daquela época.
Um elemento que se destaca bastante durante a história é a maneira que algumas formas de se expressar artisticamente eram marginalizadas ou não aceitas por quem prezava os ditos “bons costumes”. Sem contar a padronização da música, sobre o que era certo ou errado e, especialmente, a representação do que era ser um artista naquela época.
O filme tem acontecimentos rápidos e não se prende muito tempo numa mesma questão, dando maior desenvoltura à história e caracterizando o elemento de um longa-metragem biográfico.
Marianna Alexandre é quem, literalmente, dá voz e vida a Celly Campello, falando de como ela passou de uma jovem cantora da rádio local da cidade de Taubaté a um grande ícone nacional da música rock n’ roll da época. Além disso, conta-se em detalhes sutis um pouco da vida amorosa da artista, pois esse elemento é crucial para entender muitos fatos que se desenrolam durante o filme.
Sensações durante “Um Broto Legal”
A fotografia do filme merece um destaque, pois trabalha bem as cores e isso acaba dando também uma sensação mais aprofundada sobre a época retratada.
As canções são bem interpretadas e são de fato o fio condutor da narrativa, que é preenchida de acordo com a situação que se passa no filme. Dessa forma, as canções se tornam a alma de todo o longa.
Assim, um elemento interessante para se destacar é exatamente sobre a polêmica de ter uma mulher, uma figura feminina conquistando tantos jovens e fazendo história. Sem contar que Celly, na época, também se tornou uma referência do “novo estilo jovem”.
Além disso, a relação entre os irmãos Tony Campello e Celly Campello é muito bem pontuada no filme. Durante o longa-metragem, é possível observar e sentir o quanto os dois se amam e se apoiam nessa trajetória. Esse é um elemento que cativa o telespectador.
Tudo isso se deve ao contato que o diretor do filme fez com o próprio Tony Campello, que contribuiu com a construção narrativa do filme. Ele compartilhou fotos e outros objetos de Celly, utilizados durante o filme.
A arte sendo expressada de acordo com o tempo
Portanto, é um filme leve, com o foco na trajetória de Celly Campello e, partindo disso, explora elementos como a representação do artista naquela época, a visão da mulher que se destaca na arte e que, inclusive, pode ser julgada por seguir os seus sonhos.
Assim, o filme realmente nos faz perceber esse salto de mudanças na música, tanto no Brasil, quanto no mundo através dos anos.
Celly Campello marcou a história musical e artística brasileira. Ter uma parte disso trazida para a arte cinematográfica é uma maneira de eternizar o que ela representou e ainda representa.
Então, confira abaixo o trailer do filme “Um Broto Legal”: