Velocidade sem Limites é um filme que envolve ação, aventura e drama, distribuído pela A2 Filmes. Dirigido e roteirizado por Tony Tang, acompanhamos a história de Nam (Liu Chang) e Fire (Carlos Chan Ka-Lok) no mundo da corrida ilegal.

Na história, quando um piloto japonês arrasa com os astros chineses das pistas e provoca a ira dos organizadores, o mundo das corridas ilegais fica ainda mais quente. Com a polícia no encalço dos corredores e a disputa em níveis pessoais mais feroz, um erro pode colocar tudo a perder.

Desenvolvimento da história

Começamos com uma apresentação rápida. A mãe de Calvin (Angus Yeuna) patrocina uma equipe de corrida e quer que o filho seja campeão. Nam, um participante de corrida ilegal, aceita fazer parte da equipe para pagar o tratamento do filho e investir na oficina de Fire.

Ao longo do filme, descobrimos que Nam sempre foi apaixonado por correr, mas esse sentimento não existia mais. Quando o companheiro de equipe acaba sofrendo um acidente, ele se sente culpado. No entanto, o maior causador do problema é um corredor japonês, que tem uma implicância antiga com Nam.

O enredo praticamente gira em torno da obsessão de Kenji (Asano Nagahide) por Nam, já que ele não consegue esquecer a corrida que perdeu para o adversário há 4 anos. Sendo assim, ele quer vencer o amigo de Calvin de qualquer maneira, custe o que custar. Quando Nam percebe que está prejudicando todos que ama com essa “guerra”, ele aceita o desafio de Kenji.

Com uma pegada que lembra “Velozes e Furiosos”, o longa tinha uma fórmula pronta para se basear. No entanto, o roteiro é raso e a história acontece tão rapidamente, que não dá tempo de se apegar emocionalmente ao enredo e aos personagens. Tem muita cena com carga dramática, mas elas acabam não envolvendo o telespectador como deveria.

Velocidade sem Limites
Foto: Reprodução

A corrida como foco principal

O grande foco do filme são as corridas. Porém, as cenas que envolvem os carros abusam dos efeitos especiais de baixa qualidade. A direção do filme é boa nessas horas, porque tenta trazer para fora da tela toda a tensão dos corredores, porém peca outros momentos. Nas cenas de flashback, por exemplo, tem muita transição de corte com sobreposição de imagem.

Por conta do tema principal, as histórias paralelas acabam ficando perdidas. A doença do filho de Nam é um bom exemplo, porque ela foi um dos grandes motivos para ele ter aceitado a proposta de Calvin. Contudo, essa parte da trama é superficial e acaba não agregando muito na história. Apenas sabemos que a motivação de Nam é família.

Velocidade sem Limites
Foto: Reprodução

Considerações Finais

“Velocidade sem Limites” é uma boa opção para quem gosta de corridas ou carros, pois grande parte das cenas envolve os automóveis. Talvez, o que salve o filme seja o elenco. De modo geral, as atuações são boas, mesmo que às vezes tenham momentos exagerados, com emoções que parecem ser realmente artificial.

O desfecho acaba sendo como todo o filme: rápido e sem muitos detalhes. A última cena é bonita, pois mostra a amizade entre Calvin, Fire e Nam, mas parece não encaixar. O longa acaba sendo uma boa opção para assistir e passar tempo, mas não chega a ser uma produção extraordinária e inovadora.