“Vermelho, Branco e Sangue Azul” fez sua aguardada estreia na última sexta-feira no Prime Video. Inspirado na obra literária de Casey McQuiston, o filme segue os protagonistas Alex Claremont-Diaz (Taylor Zakhar Perez), o filho da primeira mulher presidente dos Estados Unidos, e Henry Fox-Mountchristen-Windsor (Nicholas Galitzine), um príncipe britânico. Alex e Henry se veem envolvidos em uma situação de mídia após um incidente durante um casamento real. Para controlar os danos à reputação da família real, e da reeleição da mãe de Alex, ambos são forçados a fingir uma amizade.

Imagem de divulgação da prime video onde mostra os protagonistas do filme.
Imagem: Prime Video

Clichê com representatividade

Primeiramente, é necessário ressaltar que “Vermelho, Branco e Sangue Azul” não tem a proposta de ser um filme repleto de questões e informações que se o espectador piscar, serão perdidas. O filme busca ser reconfortante e clichê, mas levanta um ponto de extrema importância: representatividade.

Conforme os personagens vão se aproximando, a linha entre amizade e desejo vai se encontrando. O conhecido “Enimies to Lovers”, já explorado em diversos filmes, ganha vida aqui. Contudo, o relevante aqui, é que isso acontece entre dois homens, em uma história que ultrapassa os limites tradicionais de retratar um relacionamento entre dois homens, apenas através de questionamentos profundos e cenas de preconceito. Embora seja inegável que essa realidade lamentavelmente persiste, ela não é a única.

O filme se sobressai ao oferecer uma representação positiva e autêntica das relações homoafetivas. Ao invés de se render a estereótipos prejudiciais ou focar apenas nas lutas e desafios enfrentados por personagens LGBTQIA+, “Vermelho, Branco e Sangue Azul” adota uma abordagem que celebra o amor e o crescimento emocional, independentemente da orientação sexual.

A representatividade desempenha um papel vital no filme, não apenas permitindo que pessoas LGBTQIA+ se vejam na tela, mas também educando e humanizando essas histórias para o público em geral.

Atuações e trama envolvente

Imagem de divulgação do Prime Video, mostrando os dois protagonistas.
Imagem: Prime Video

Fora a representatividade, o filme se destaca no humor leve e nas atuações dos protagonistas, e claro pela presença de Uma Thurman (Kill Bill). O roteiro se desenvolve de forma esperta e fiel ao livro. Quem leu, não ficará decepcionado. A direção de Matthew Lopez eleva a historia. Mas como nem tudo é perfeito, o filme peca um pouco em algumas cenas que poderiam ser mais exploradas, igual foram nos livros. Os relacionamentos em família, a forma que o amor aparece. Isso é explorado, mas poderia ter sido mais.

As atuações dos protagonistas Taylor Zakhar Perez e Nicholas Galitzine no filme são cativantes e repletas de química, principalmente em cenas íntimas. No entanto, é principalmente Nicholas Galitzine que se destaca ao elevar a carga dramática de seu papel como príncipe. Sem dar muitos spoilers, em uma cena especifica, o ator retrata toda a angústia do príncipe. Sua interpretação habilidosa adiciona profundidade aos momentos mais intensos do filme, enriquecendo a jornada emocional do personagem.

Vale a pena assistir Vermelho, Branco e Sangue Azul

Sim, o filme já está disponível no Prime Video. O filme tem cerca de duas horas e tem a classificação indicativa de 16 anos.