Wicked: Parte II conclui a saga das bruxas de Oz com ambição e clima mais sombrio, equilibrando grandes momentos e escolhas narrativas irregulares.
Um dos filmes mais aguardados do ano, Wicked: Parte II chega aos cinemas dividindo opiniões da crítica e do público geral. Baseado no musical da Broadway de mesmo nome, o segundo ato da trama veio carregado de expectativas ao prometer um desfecho épico para a história não contada das bruxas de Oz.
Wicked: Parte II encerra a história com brilho e falhas, dividindo fãs e público
No capítulo final, Elphaba (Cynthia Erivo) vive em exílio enquanto busca uma maneira de expor a verdade sobre o Mágico (Jeff Goldblum) e de lutar pela liberdade dos animais. Enquanto isso, Glinda (Ariana Grande) se torna uma marionete de Madame Morrible (Michelle Yeoh) para tranquilizar o reino como um grande símbolo de bondade ao lado do seu, agora noivo, Fiyero (Jonathan Bailey).
A partir daí, o enredo se ramifica em diferentes arcos dramáticos que acontecem simultaneamente, incluindo a aguardada aparição de Dorothy e seus companheiros, Espantalho, Homem de Lata e Leão. A organização do segundo ato é um pouco caótica e, por vezes, até meio bagunçada, mas traz mais dinamismo para a trama se comparado ao primeiro longa.



Outra diferença nítida entre os atos é o tom mais sombrio que Wicked: For Good assume. A narrativa mais leve do filme de 2024 dá lugar a um enredo mais maduro, cercado pelo dilema entre o bem e o mal, uma dualidade que aflige não somente Elphaba, a “Bruxa Má do Oeste”, mas todos os personagens em algum momento.
Nesses momentos, o elenco do filme brilha, com destaque para a dupla protagonista – que, novamente, chega forte para a temporada de premiações – e para o galã Jonathan Bailey, que ganha mais espaço para desenvolver seu personagem no capítulo final. Em contrapartida, arcos como o de Nessa e Boq parecem corridos e mal desenvolvidos em paralelo à trama principal.
Da mesma forma, senti que os minutos finais foram apressados e prejudicados em prol da inclusão de algumas cenas excessivamente longas no meio do filme, como é o caso das duas novas músicas originais, que entram mais um Oscar bait do que como algo que contribui essencialmente para a narrativa, diferente das canções que já faziam parte do musical original – embora, convenhamos, a trilha do primeiro ato seja muito mais icônica e memorável.
Vale a pena assistir no cinema?
No fim, Wicked: Parte II se sustenta por suas boas atuações, pela química do elenco e por seus destaques mais técnicos, como figurino, maquiagem e direção de arte. O roteiro oscila entre momentos muito emocionantes e outros que deixam a desejar, mas não dá pra negar que a adaptação deve agradar bastante os grandes fãs da obra original da Broadway que receberam um espetáculo à altura. Quanto ao público geral, bom, é realmente um filme que irá dividir opiniões.
Foto de capa: © 2025 Universal Pictures.
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