Recém lançado pela Planet Manga, selo da editora Panini, a adaptação em mangá do jogo clássico da Nintendo recria eventos da obra original e insere novos personagens através da arte da lendário Shotaro Ishinomori.
Lançado originalmente em 1993 no Japão na revista Nintendo Power, The Legend of Zelda – A Link to the Past é a adaptação oficial do game de mesmo nome lançado para SNES (Super Nintendo) em 1991 no Japão e em 1992 no resto do mundo. O mangá foi lançado em 12 capítulos, sendo a versão brasileira uma compilação em volume único com 192 páginas, o mangá tem leitura ocidental, igual a de hqs Marvel/DC, totalmente colorido, o que é raro para uma obra do gênero.
O roteiro e a arte ficaram a cargo de Shotaro Ishinomori, um mangaká muito influente da segunda geração de artistas japoneses (aqueles que vieram logo após Osamu Tezuka, o pai dos mangás). Ishinomori é responsável pela criação e divulgação de grandes obras do gênero Tokusatsu, sendo ele o criador de Kamen Rider, Machineman e um dos precursores do gênero “Super sentai” que ficou popularizado pelos Power Rangers.
Com um currículo gigantesco e com várias obras marcantes nos mangás e na tv, Ishinomori desenvolve The Legend of Zelda – A Link to the Past nos moldes da “jornada do herói”, na qual Link precisa salvar a princesa Zelda das garras de Agahnim que pretende reviver Ganon e dominar os mundos da luz e das trevas, para isso o Jovem precisa encontrar a master sword e nessa jornada acaba conhecendo o mundo das trevas e os perigos lá presentes.
Os fãs da franquia The Legend of Zelda certamente identificarão diversos personagens, princpalmente inimigos, vindos da obra original, assim como cenários e acessórios conquistados e usados por Link na trama. isso faz com que a leitura pareça mais direcionada para esse público em especial, no entando por se tratar de uma história fechada e não exigir conhecimento de tramas anteriores, leitores não inseridos nesse universo não terão problemas ao consumir a obra.
Pontos Fortes:
- É muito nostálgico reviver os eventos de The Legend of Zelda do Snes, ao terminar de ler automaticamente bate a vontade de reviver os momentos do Game.
- A editoração, a escolha dos materiais e a tradução são de excelente qualidade e fazem jus ao valor histórico do mangá.
- As artes de capa e contra capa são maravilhosas, remetem a eventos da narrativa sem dar spoiler.
- Levando em conta a qualidade do material que é muito acima da média das publicações de mangás no Brasil, o preço de capa é justo.
- Vem com marca páginas.
Pontos Fracos:
- A arte de Shotaro Ishinomori pode desagradar os que não estão familiarizados com o autor e pode parecer datada.