Neste sábado (8) o cantor David Bowie completaria 75 anos se estivesse vivo. De músicas icônicas a visuais inesquecíveis, Bowie ajudou a construir o que chamam hoje de “Indústria da Música”.
Início da carreira:
David Robert Jones nasceu em Brixton, Londres, no dia 8 de janeiro de 1947. Em um país recém arrasado pela maior guerra que o mundo já assistiu, o ambiente não era convidativo para uma criança como Bowie. David frequentou a Stockwell Infants School até seus seis anos de idade, adquirindo reputação de garoto com talento para cantar e, principalmente, gritar. Inspirado por Elvis Presley, Fast Dominos e Little Richard, Bowie descobriu sua paixão pela música. Ao escutar “Tutti Frutti” de Richar, mais tarde diria que “tinha escutado a voz de Deus.”
Bowie formou sua primeira banda aos 15 anos, “The Kon-rads”. Entretanto, por limitadas aspirações na carreira musical que seus colegas de banda tinham, Bowie deixou a Kon-rads e formou outra banda, os “King Bees”. Então, escreveu uma carta a um empresário inglês bem-sucedido, chamado John Bloom pedindo para que os empresariassem e “fazer por nós o que Brian Epstein fez pelos Beatles — e fazer mais um milhão.” Todavia, o empresário não respondeu oferta, mas encaminhou o convite à Leslie Conn, parceiro de Dick James, que contratou Bowie, fazendo dessa a primeira gestão pessoal do artista.
Começo de seu sucesso:
O cantor passou por diversas bandas até ter sua carreira solo. Seu nome artístico “David Bowie” foi necessário pois as pessoas o confundiam com um ator da época com seu mesmo nome, David Jones. Bowie surgiu do personagem histórico estadunidense Jim Bowie e pela faca popularizada por ele. Então, lançou seu primeiro single solo “The Laughing Gnome” em abril de 67. Entretanto, não emplacou o sucesso esperado. Assim, logo depois, lançou seu primeiro álbum “David Bowie” que teve o mesmo destino dos seus últimos lançamentos.
Apesar disso, na década de 70, David Bowie se tornou um dos maiores ícones de todos os tempos. Lançado em 1973, “Aladdin Sane” foi o sexto álbum de estúdio de Bowie. Além de hits de sucesso como “The Jean Genie” e “Drive-In Saturday”, o trabalho se destaca pela fotografia da capa, que traz o cantor com um raio pintado no rosto.
A imagem ficou marcada na memória pública e foi reproduzida por diversos artistas ao decorrer do tempo.
Lenda da Música:
A figura de Bowie como ícone foi estigmatizada através da moda. Seu visuais faziam parte de sua personalidade artística.
Saltos, saias, vestidos, botas de cano alto, David usava peças que para um homem, na época, eram inaceitáveis na visão social. Seu jeito rebelde foi um dos motivos para sua aclamação. Com sua excentricidade, músicas inovadoras e conceitos quase extra-terrestres, o cantor se reinventava constantemente, por isso ganhou o apelido de Camaleão do Rock.
Além de todo o sucesso na música, o Camaleão do Rock também teve uma carreira no cinema. Seu primeiro papel foi em O Homem que Caiu na Terra (1976), no qual interpretou Thomas Jerome Newton. Também viveu Jareth em Labirinto (1986) e Pôncio Pilatos em A Última Tentação de Cristo (1988), de Martin Scorsese.
Ele morreu em 2016, dois dias após completar 69 anos, vítima de um câncer. Este ano, a Warner Chappel Music adquiriu os direitos do catálogo musical do cantor. Com os quase 60 anos de carreira, Bowie foi considerado pela Rolling Stones um dos maiores cantores de todos os tempos.
Escute os sucessos de Bowie nesta playlist do Spotify: