No cenário literário brasileiro, existem diversas obras escritas por pessoas pretas. Para obter mais informações e estimular a conscientização sobre os significados no Dia da Consciência Negra, listaremos 5 autores negros nacionais que apresentam narrativas e discussões para além do dia. Mas primeiro, vamos entender o contexto por trás da data.

Significado do dia 20 de novembro

Através da lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011, o Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, foi oficialmente estabelecido. Essa data celebra a conscientização sobre a riqueza da cultura afro-brasileira e estimula reflexões sobre a resistência e determinação dos negros na luta contra a escravidão. Além disso, visa reconhecer a relevância dos negros na formação da sociedade brasileira.

Escolhido em homenagem ao falecimento de Zumbi dos Palmares, o dia rememora o líder do Quilombo dos Palmares, um símbolo máximo da resistência negra à escravidão no Brasil colonial. Ele foi reconhecido por sua incansável batalha pela liberdade e igualdade, tornando-se um ícone na luta contra a opressão.

É uma ocasião para reconhecer a importância da história, contribuições e lutas dos negros na formação do país. Busca destacar a necessidade contínua de promover a inclusão, valorizar a diversidade e respeitar a igualdade racial em todos os aspectos da sociedade. A celebração desse dia também visa conscientizar sobre a persistência do racismo estrutural e suas consequências na vida dos negros, promovendo ações em busca de equidade e justiça para todos.

5 autores negros nacionais para conhecer no Dia da Consciência Negra

1- Conceição Evaristo

Nascida em Minas Gerais em 1946, Conceição Evaristo é uma escritora, poetisa e ativista brasileira de renome. Ela é amplamente reconhecida por sua contribuição significativa para a literatura afro-brasileira e sua incansável luta pela representação e visibilidade das questões negras na sociedade.

Evaristo desempenha um papel fundamental na literatura contemporânea brasileira. Suas obras exploram temas como identidade, racismo, gênero, desigualdade social e a vivência da mulher negra no Brasil. Seus escritos frequentemente trazem à tona histórias e experiências das comunidades afro-brasileiras, buscando resgatar memórias e narrativas que frequentemente são marginalizadas.

No Dia da Consciência Negra, conheça 5 autores que fazem ou fizeram história, dando voz aos problemas enfrentados pela população negra.
Foto/ Reprodução

2- Carolina Maria de Jesus

Carolina Maria de Jesus, nascida em Minas Gerais em 1914 e falecida em São Paulo em 1977, foi uma escritora brasileira notável.

Seu livro “Quarto de Despejo” obteve um sucesso editorial surpreendente, sendo traduzido para diversos idiomas. Esta obra revelou de maneira incisiva a árdua realidade e a voz dos marginalizados na sociedade. Através de uma escrita autêntica e direta, Carolina Maria de Jesus se tornou um ícone de resistência e representatividade, principalmente para as comunidades negras e de baixa renda.

Considerada uma das primeiras autoras a retratar a vida na favela, suas obras são registros históricos fundamentais que abordam a realidade social e racial do Brasil nas décadas de 1950 e 1960.

Foto/ Reprodução

3- Joel Rufino dos Santos

Nascido em 1941, no Rio de Janeiro, e falecido em 2015, Joel Rufino dos Santos foi um historiador, escritor, professor e pesquisador brasileiro. Sua relevância foi marcante na área da história, contribuindo significativamente para a divulgação e compreensão da história afro-brasileira.

Reconhecido por sua produção acadêmica e literária, especialmente por obras que resgatam e valorizam a história e a cultura afrodescendente no Brasil, dedicou-se incansavelmente a pesquisas sobre a presença e contribuição dos negros na formação da sociedade brasileira. Além disso, se empenhou em evidenciar aspectos menos conhecidos da história negra no país.

Por meio de suas contribuições acadêmicas, literárias e educacionais, Joel Rufino dos Santos deixou um legado significativo na área da história e cultura afro-brasileira, ampliando o conhecimento e o reconhecimento da herança cultural afrodescendente no Brasil.

Foto/ Reprodução

4- Silvio Luiz de Almeida

Nascido em São Paulo, Sílvio Luiz de Almeida, é um advogado, filósofo e professor universitário brasileiro d atual ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil. Tem destaque como uma figura influente no debate sobre questões raciais, justiça social, direitos humanos e racismo estrutural.

Ele é reconhecido por suas análises críticas das desigualdades sociais, especialmente aquelas relacionadas à questão racial no Brasil. Almeida é autor de obras que exploram temas como racismo, discriminação, exclusão social e os desafios enfrentados pelas comunidades negras no país e além-fronteiras.

Além disso, tem sido reconhecido por seu envolvimento em iniciativas destinadas a promover a igualdade racial e a combater o racismo. Ativamente engajado em debates, palestras e projetos, tem em vista estimular a reflexão e promover ações contra as desigualdades raciais.

Foto/ Reprodução

5- Djamila Ribeiro

Djamila Ribeiro é uma filósofa, escritora e ativista brasileira, nascida em Santos, São Paulo. Reconhecida por suas contribuições no campo da filosofia, especialmente na filosofia política e feminista, ela é uma das vozes proeminentes no debate sobre questões raciais, de gênero e de justiça social no Brasil.

Ribeiro é conhecida por sua atuação como ativista dos direitos das mulheres e das populações negras, lutando contra o racismo, o machismo e outras formas de discriminação presentes na sociedade brasileira. Sua obra inclui escritos que exploram a interseccionalidade entre raça, gênero e classe, abordando temas como empoderamento feminino, direitos humanos, representatividade e o legado do colonialismo no Brasil.

No Dia da Consciência Negra, conheça 5 autores que fazem ou fizeram história, dando voz aos problemas enfrentados pela população negra.
Foto/ Reprodução

Esses foram os autores selecionados para o Dia da Consciência Negra, entretanto, há muitos outros escritores negros brasileiros que continuam deixando sua marca na história. Além de trazerem à tona as questões enfrentadas por essa população, eles contribuem para enriquecer o panorama literário do Brasil, tornando-o mais inclusivo e equitativo.