No dia 1º de maio se comemora o Dia da Literatura Brasileira. A data foi escolhida por ser o nascimento do escritor José de Alencar. Por isso separamos cinco clássicos da literatura brasileira, dentre os livros que já foram publicados pelos nossos grandes autores. São obras que todo bom leitor deve conhecer. Elas ajudam a contar a história do Brasil, assim como de todos nós.
A Escrava Isaura (Bernardo Guimarães)
A Escrava Isaura (1875) conta a história de uma escrava branca, criada como parte da família por sua senhora. Isaura é filha de uma escrava e de um homem branco. Criada com zelo e muito bem instruída, é igual as jovens da alta sociedade. Porém, apesar de sua ótima educação e de todo o luxo, Isaura não é livre. A vida da escrava se torna um tormento quando ela se torna alvo da obsessão de Leôncio, filho de seus donos, e que não pretende libertá-la nunca. O livro foi escrito quando o Brasil passava por uma grande campanha abolicionista, que buscava colocar fim ao trabalho escravo. A abolição veio apenas em 1888, 13 anos após a publicação.
Dom Casmurro (Machado de Assis)
Dom Casmurro (1899) conta a história do personagem título. Anteriormente, ele era Bentinho, um jovem mandado para o seminário pela mãe que desejava que ele se tornasse padre. No entanto, Bentinho se casa com a jovem Capitu. Passados alguns anos, Bentinho passa a sofrer com o ciúme que sente de Capitu com seu amigo Escobar. Dessa forma, tomado pela paranoia, Bentinho passa a viver um pesadelo. O livro é um marco da literatura com críticas à sociedade da época e reflexões sobre as emoções humanas.
Triste fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto)
Considerada uma das principais obras do pré-modernismo brasileiro. Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915) conta a história do personagem título, um funcionário público que é um patriota fervoroso. Policarpo Quaresma é um idealista, que também é bastante ingênuo. Seu grande objetivo é fazer com que o Brasil seja a maior nação do mundo, já que é o melhor lugar para se viver. Para isso, ele busca realizar grandes reformas na cultura, na economia e no governo. A obra discute as desigualdades sociais do início da Primeira República, assim como a grande expectativa pelo futuro.
Vidas Secas de Graciliano Ramos
Em Vidas Secas (1938), Graciliano Ramos buscou retratar as condições difíceis dos moradores do sertão nordestino. Conta a história da família de Fabiano, que, ao lado da esposa Sinhá Vitória, dos filhos e da cachorra Baleia, vive uma vida de sacrifícios, em meio à seca. O livro aborda a fome, a desigualdade social, assim como as inúmeras dificuldades que os retirantes vivem no sertão nordestino, uma realidade comum na época em que foi publicado. Cada personagem tem um significado especial dentro da narrativa.
O Auto da Compadecida (Ariano Suassuna)
O Auto da Compadecida (1955) é a peça teatral mais famosa de Ariano Suassuna. Publicada em forma de auto (texto dramático e satírico) traz elementos da literatura de cordel. Os personagens principais são João Grilo e Chicó. Dois amigos que são aproveitadores, mentirosos e vivem arrumando confusão. O autor descreve as maquinações de João Grilo e Chicó, como a maneira que o pobre luta para sobreviver. Além disso, o enredo conta com elementos religiosos e característicos da cultura do nordeste.
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