Hoje é o Dia das Crianças, e para revisitar esse momento de nossas vidas, sugiro uma forte reflexão.
A alfabetização é um dos princípios e direitos básicos do ser humano. O ato de ler está relacionado à possibilidade de se comunicar com maior facilidade, e isso tem mais relação e sentido conforme os anos passam. Há um todo que proporciona um efeito gigantesco na possibilidade da leitura.
Tudo começa na escola. Há aspectos que possibilitam o contato com a literatura e é nesse momento que somos apresentados aos livros. Quando começamos o processo de alfabetização, a tentativa de juntar palavras escritas, ler e entender uma frase se torna um exercício diário natural.
Os livros infantis nos são apresentados e, assim, viajamos nas histórias em quadrinhos, entre livros breves e ilustrados, que proporcionam à nossa imaginação um mundo repleto de fantasia e possibilidades. O quanto isso é importante na nossa formação para vida é algo que precisa ser evidenciado cada vez mais.
A leitura na infância é um processo de construção social
O grande fato é: A nossa construção depende muito do que o ciclo social ao qual estamos inseridos proporciona e o quanto isso permite que sejamos melhores a cada geração.
Na literatura nós nos encontramos, mas há quem associe a imaginação fértil e ideias criativas com a infantilidade na fase adulta. Dessa maneira, quanto mais crescemos, mais criamos e reproduzimos a ideia de que ler é coisa apenas para crianças.
O exercício da imaginação nos presenteia no cotidiano, e isso pode transformar a vida adulta, que vive de criatividade e a possibilidade de criar estratégias para melhorar e contornar uma situação delicada.
No livro “MINDSET”, a autora Carol Dweck destaca o quanto incentivar as crianças nessa etapa da vida (que é para ser) lúdica, é algo essencial, pois é daí que surgirão os primeiros passos para a construção social de um futuro almejado.
O incentivo e o apoio sempre farão parte desse desenvolvimento humano.
No livro “Por que Fazemos O que Fazemos”, o filósofo e professor Mário Sérgio Cortella apresenta elementos que possibilitam que vejamos o quanto o aprendizado é poderoso. Se passado ao próximo, tem o poder de contribuir com um todo. Repassar o saber tem pleno poder.
Pensando em todos esses elementos, em uma semana que o dia das crianças é tão próximo ao dia dos professores, é impossível não reparar a influência e não parar para pensar no quanto tudo isso tem uma ligação de forte mudança de aspecto social.
Qual foi a sua primeira leitura?
Resgatar o início da aprendizagem pode nos transformar em adultos melhores. Você se lembra qual o primeiro livro inteiro que leu? Qual foi a sensação de encontrar as palavras e imaginar os cenários variados?
Parar para refletir sobre tudo isso pode explicar muito sobre o que você criou diante de sua vida hoje. Se está lendo isso, significa que muito provavelmente é um grande fã de livros, ou pelo menos de blogs e sites com longos textos na internet.
Hoje, o que sugiro, é que revisite seu primeiro livro lido na vida e que relembre mais algumas dessas primeiras leituras.
Nossa construção social quase não nos permite imaginar, porque “é coisa de criança” (como se isso fosse algo ruim). Se pegar um livro para ler, logo cai no sono, porque nos ensinaram que leitura é para conseguir dormir e não para acordar para o mundo de ideias e grandes possibilidades que histórias fictícias (ou não) proporcionam.
A leitura é o caminho para uma mente mais atenta e que constantemente está em evolução.
Seja O Pequeno Príncipe; Turma da Mônica; Contos de Fadas ou qualquer outro. Entre ‘Píppi Meialonga” ou “O Fantástico Mistério de Feiurinha” (que foi o meu primeiro livro). Quantas vezes essa primeira história te inspirou, desde aquele momento até os dias de hoje?
Então leia um livro para uma criança hoje. Leia um livro para você.
Feliz Dia das Crianças!