Hoje, 19 de junho, é celebrado o Dia do Cinema Brasileiro. O cinema nacional começou a mais de 100 anos e a primeira exibição pública de um filme não foi dentro de um cinema especificamente. De acordo com o livro Palácios e Poeiras – 100 Anos de Cinemas no Rio de Janeiro, de Alice Gonzaga, a sessão ocorreu dentro de um galpão para a elite carioca que podia pagar pelos ingressos. Ainda, de acordo com especialistas historiadores o primeiro filme de ficção data de 1908, um curta de 40 minutos chamado “Os Estranguladores”.

Atualmente o país conta com mais de 2000 salas de cinemas, a maioria, entretanto estão dentro de centros comerciais e shoppings. Mas não foi sempre assim, houve uma época em que os cinemas de porta para a rua eram as atrações mais importantes das grandes metrópoles.

A produção cinematográfica no Brasil também é recente, apesar da grande experiência em produções para a TV, principalmente em entretenimento e novelas, os produtos cinematográficos estão alcançando maiores números e exportações nos últimos 20 anos.

Os maiores filmes nacionais em bilheteria, marketing e público

Central do Brasil, filme de Walter Sales e escrito por João Emmanuel Carneiro e Marcos Bernstein, foi uma das produções mais importantes nessa nova era do cinema nacional. Sucesso de crítica e de bilheteria arrebatou mais de 50 prêmios internacionais e rendeu a Fernanda Montenegro a indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Ela foi a primeira Latino-Americana a ser indicada, além de ser a única brasileira a ser indicada ao prêmio. O filme ainda recebeu a indicação na categoria Melhor Filme Estrangeiro.

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Reprodução Central do Brasil

Cidade de Deus, filme de Fernando Meirelles, baseado na obra de mesmo nome escrito por Paulo Lins, também alçou grandes voos de sucesso. A crítica especializada sempre tratou Cidade de Deus como uma das obras mais importantes do cinema nacional, principalmente pela visibilidade que ganhou no exterior. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia, é o filme brasileiro com o maior número de indicações de toda a história. Apesar de não ter ganho nenhuma das categorias, se tornou um dos nomes importantes quando se fala de cinema nacional brasileiro.

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A evolução de conteúdo e pautas nos filmes

Tropa de Elite, de José Padilha, talvez seja o filme com maior apelo internacional que já foi produzido no Brasil. Baseado no livro de André Batista e Rodrigo Pimentel, o filme aborda temas importantes e controversos, mostrando a rotina do Batalhão Especial da Polícia Militar do rio de Janeiro, o BOPE. Ganhou o Urso de Ouro de Melhor Filme no Festival de Berlim de 2008. Ficou fora da disputa ao Oscar de 2008 por opção do Ministério da Cultura. Teve uma continuação em 2010, que apesar de ter tido boas críticas, não fez tanto sucesso quanto seu antecessor.

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Minha Mãe é uma Peça 3, de Susana Garcia, é o filme brasileiro com a maior bilheteria da história. Faz parte de uma trilogia de mesmo nome. Idealizado por Paulo Gustavo, interprete de Dona Hermínia, arrecadou mais de R$ 175 milhões de reais e teve um orçamento de R$ 8 milhões de reais. Além de ter a maior bilheteria também tem o maior público, mais de 11 milhões de pessoas assistiram ao filme. Existe uma polêmica a respeito desse número em relação ao filme Nada a Perder, da Igreja Universal. O filme acumula mais de 12 milhões de espectadores, porém, vários relatos de salas vazias com todos os ingressos vendidos colocam em dúvida a veracidade dos números. A franquia Minha Mãe É Uma Peça acumula mais de 25 milhões de espectadores, sendo a de maior sucesso no país.

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