Hoje, dia 27 de janeiro, é marcado como o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que foi um genocídio cometido pelos nazistas. O nazismo foi uma passagem histórica marcada na Segunda Guerra Mundial. Aliás, uma passagem triste, que marcou de forma negativa a história da humanidade, mostrando uma fase de intolerância com o próximo, ao nível de desejo do extermínio.

Diante de inúmeros registros e relatos sobre a época entre literatura e cinema, por exemplo, entre obras de ficção baseadas no período e obras baseadas em fatos reais, podemos encontrar três livros (entre tantos) que nos dão uma boa noção e entendimento dos conflitos diretos, de forma mais interna, em que os protagonistas destacam como era ter a realidade do nazismo diante de suas vidas. 

Foto: Reprodução "O Diário de Anne Frank" / Editora Geek  / Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Foto: Reprodução “O Diário de Anne Frank” / Editora Geek / Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

O Diário de Anne Frank

Primeiramente, falaremos sobre o Diário de Anne Frank, que é o mais famoso com certeza. Até mesmo para aqueles que não estão inseridos no universo da literatura, pelo menos já ouviram falar da história de Anne Frank, que precisou se manter escondida junto à família durante um período. Os registros foram feitos entre os 13 e 15 anos de Anne (antes de serem descobertos no esconderijo).

Os relatos vão desde dias comuns entre pessoas que dividiam um espaço para se protegerem do terror chamado nazismo, que havia do lado de fora, até os dias de descontração da menina Anne, como diálogos, rotina de estudos, a relação mais forte com o pai. Além disso, Anne destaca o quanto sonhava em ser jornalista e escritora. 

O diário verdadeiro atualmente está em Amsterdam, na Casa de Anne Frank, pois foi em 1947 que Otto Frank, o pai de Anne, decidiu publicá-lo. O museu é considerado um dos edifícios mais significativos, afinal, foi ali que Anne, sua irmã mais velha Margot e os pais dela (juntos a outras pessoas) viveram escondidos pelo menos por dois anos. 

Além disso, no diário, mesmo com a simplicidade dela em relatar a realidade que se encontrava, algumas passagens trazem um pouco do que eles ouviam no rádio sobre o que estava acontecendo no mundo entre 1942 e 1945.

Foto: Reprodução "Os Sete Últimos Meses de Anne Frank" / Editora Universo do Livros
Foto: Reprodução “Os Sete Últimos Meses de Anne Frank” / Editora Universo do Livros

Os Sete Últimos Meses de Anne Frank

Seguindo isso, o livro Os Sete Últimos Meses de Anne Frank também tem ainda mais detalhes para nos contar.

A história desse livro tem muito a ver com conhecer uma realidade que não nos pertenceu, num sentido em que muitos de nós nem sequer existimos em um dos períodos mais tenebrosos da existência do mundo, onde tudo parece a história fictícia de um livro muito triste.

O livro narra histórias de seis mulheres, contadas em primeira pessoa, uma por capítulo. Mulheres essas, que tiveram algum contato com Anne Frank (mesmo que brevemente) durante o período que ela e a família estiveram nos campos de concentração.

Sensações durante a leitura:

O sentimento é denso e a sensação de mal estar por cada uma das mulheres, que contam sobre as condições de extremo frio; falta de alimentação e água; falta de roupas para devidas trocas e para suportarem as baixas temperaturas climáticas (o que causava até mesmo a perda de membros do corpo); sobre a doença tifo, uma doença transmitida por piolhos que causa febre, dores de cabeça, cansaço e até o aparecimento de manchas pelo corpo. Doença esta que levou a vida de Margot Frank e alguns dias após o fato, Anne Frank também não resistiu.

Sinceramente, não há muito o que narrar à cada um de vocês o que podemos encontrar com esta leitura, ter que engolir o que é descrito por cada uma das entrevistadas é de uma proporção angustiante. 

Ler este livro logo após terminar “O diário de Anne Frank” é um murro no estômago. A esperança que ela carregava em suas palavras era belíssima, porém não foi uma realidade para muitos. Incluindo a de uma menina com 13 anos. 

Os Sete Últimos Meses de Anne Frank foi escrito por Willy Lindwer e também pode ser encontrado em formato de documentário.

Documentário legendado “Os Últimos Sete Meses de Anne Frank”

Ponto importante sobre as leituras acima é que cada relato vem de pessoas vítimas diretas do holoscausto. A marca sobre isso é o que caracteriza o Dia Internacional em Memória da Vítimas do Holocausto. 

Foto: reprodução "A Mente de Adolf Hitler" e "O Diário de Anne Frank"
Foto: reprodução “A Mente de Adolf Hitler” e “O Diário de Anne Frank”

A Mente de Adolf Hitler

E para finalizar as indicações para o dia de hoje, o livro “A Mente de Adolf Hitler” também é uma leitura muito essencial para quem quer conhecer mais de perto e de maneira mais completa a história e possibilidades do personagem mais tenebroso e responsável por toda essa passagem macabra do período histórico.

Escrito por Walter C. Langer, que foi um psicanalista americano, o livro é um analise de Adolf Hitler, onde Langer traz a história do líder do Partido Nazista e faz observações e análises sobres os costumes e comportamentos de Hitler, tudo isso ainda feito no período em que Adolf Hitler ainda era vivo. Inclusive, uma das possibilidades que Walter Langer traz no livro em questão em relação em como o líder nazista poderia morrer, destaca o suicídio como uma das opções. 

Tem muita profundidade em cada uma das leituras e existem versões de livros que contam até mesmo com fotos da época, que reforçam cada testemunho. Valorizar a história e falar sobre ela é necessário, especialmente para conhecermos os erros do passado e não permitir que situações parecidas voltem a acontecer. A narrativa marcada em escritos ou em imagens reforça o que um dia foi real e o quanto é preciso preservar cada detalhe. Em memória daqueles que se foram e em respeito aos que ficaram e puderam compartilhar a verdade da própria vivência. 

Por fim, em respeito, hoje é o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.