No Dia Nacional do Surdo conheça algumas das mais influentes mulheres surdas do Brasil e do mundo e que são referência na Língua de Sinais. Além disso, são mulheres que usaram com sabedoria suas dificuldades para promover inclusão através da educação.
Suas histórias de vida e de superação inspiram milhares de pessoas todos os anos e transmite conhecimento que integra e inclui as pessoas. Por esse motivo, conhecê-las é importante para que a Linguagem dos Sinais continue sendo implementada na educação brasileira.
Sueli Ramalho Segala
A escritora Sueli Ramalho Segala nasceu surda e na infância acreditava que todos eram assim como ela, surdos! Como não escuta também achou que o ouvido não tinha função e apenas mais tarde começou a compreender a sua deficiência.
Escreveu o livro “A Imagem do Pensamento – Libras”, um livro que ensina a língua dos sinais para surdos e ouvintes, um livro ilustrado que facilita a consulta e o aprendizado.
Ela é a mais conhecida entre os escritores surdos brasileiros, é também é professora, atriz e intérprete da Língua Brasileira de Sinais. Além da linguagem de sinais brasileira, ela também sabe a italiana. Além disso, aos 17 anos aprendeu a falar, com uma dicção diferente por nunca ter escutado.
Vanessa Lima Vidal
A professora Vanessa Lima Vidal, foi a Miss Ceará em 2008, é surda e escreveu sua autobiografia em 2009. Por isso, “A Verdadeira Beleza” é um livro que conta sua trajetória e seus momentos de superação e em como foi viver sem ter a audição e que a falta desse sentido nunca a impediu de realizar seus sonhos.
Nascida em Fortaleza, no Ceará, ela é graduada em Letras Libras e também ativista na luta pela inclusão social de pessoas com deficiência auditiva. Atualmente é modelo profissional e é professora de Libras, em 2010 tornou-se Deputada Estadual no Ceará e teve uma campanha bastante admirada pelo povo.
Brenda Costa
A carioca Brenda Costa nasceu em 1982 e é surda desde o nascimento, a modelo internacional, escreveu sua autobiografia em 2007, chamada “A Bela do Silêncio”. É casada com o fotógrafo Karim Al-Fayed, que é surdo desde os 6 anos de idade, irmão de Dodi Al-Fayed, que foi o namorado da Princesa Diana.
A modelo é uma inspiração para pessoas com deficiência auditiva e defende seus direitos e a inclusão delas na sociedade. Além disso, é fluente em português e consegue fazer leitura labial em vários idiomas diferentes o que a ajuda bastante na sua carreira profissional.
Emmanuelle Laborit
Surda desde o nascimento, a francesa Emmanuelle Laborit e somente aos 7 anos aprendeu a linguagem dos sinais, é escritora e atriz, escreveu o livro “O grito da Gaivota”. Foi a primeira atriz surda a vencer o prêmio Mollière na peça “Filhos de um Deus menor” e é também embaixatriz da Língua Gestual Francesa.
Escreveu o “Vôo da Gaivota” como uma autobiografia, em 1993, e os seus pais a chamavam de gaivota por causa dos sons que emitia. No livro revive suas lembranças de infância e experiências difíceis da adolescência, avançando em sua idade adulta e a superação.
Helen Keller
Surda e cega, a escritora Helen Keller nasceu em 1880, escreveu seu livro autobiográfico em 1902, o “A História de Minha Vida”. Outro livro famoso é o “O Mundo que eu vivo” que também é uma autobiografia mas que foi escrito de forma mais leve e poética.
Durante sua vida a escritora publicou 12 livros, além disso, é jornalista, filósofa e lutou pelos direitos das mulheres e das pessoas com deficiência. Foi a primeira mulher surda-cega a conquistar um bacharelado, superou suas barreiras ao criar um caminho para que outras pessoas possam ser o que quiserem.
Redator em experiência sob supervisão de Maria Eduarda.
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