A Editora Sophia anunciou o lançamento de uma nova edição comentada do livro “O Filho do Pescador” de Teixeira e Sousa. Segundo o editor e organizador Rodrigo Cabral, o resgate do livro pretende não apenas encantar os fãs de Teixeira e Sousa, mas também apresentar seu trabalho a quem ainda não o conhece.
“O Filho do Pescador” foi publicado pela primeira vez em 1843. A história começa na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde Augusto encontra Laura, uma jovem à deriva depois de um naufrágio.
Laura se casa com Augusto, mas se envolve em uma trama de assassinatos e outros crimes que envolvem outros personagens. O livro é um suspense que destaca os principais costumes e características do Rio de Janeiro no século XIX, assim como o papel da mulher na sociedade.
No entanto, o livro teve poucas edições e tanto ele quanto o autor se tornaram desconhecidos. Portanto, ao reeditar essa história, não apenas conhecemos uma obra clássica, mas também conhecemos um autor extraordinário, segundo o próprio Machado de Assis.
Quem foi Teixeira e Sousa
Machado de Assis chamou Teixeira e Sousa de “o gênio adormecido”. Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa nasceu em 28 de março de 1812, em Cabo Frio. Porém, aos 10 anos, ele decidiu abandonar os estudos para trabalhar como carpinteiro e ajudar nas despesas da casa.
Após sofrer várias perdas familiares, em 1840, já adulto, se mudou de vez para o Rio de Janeiro, onde passou a trabalhar na tipografia do jornalista Francisco de Paula Brito.
A literatura sempre foi deixada em segundo plano por Teixeira e Sousa. Além de tipógrafo, ele também foi professor. Se tornou escrivão, função que ocupou até o fim da vida. Foi casado com Carolina Maria Teixeira e Sousa, com quem teve seis filhos. Morreu em 1º de dezembro de 1861, aos 49 anos.
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