O mundo foi surpreendido na manhã desta segunda-feira (21) com a notícia do falecimento de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, aos 88 anos. Francisco, nascido em Buenos Aires, foi o primeiro latino-americano a ocupar a cadeira do Santo Padre. Na verdade, Francisco foi o primeiro em muitas questões dentro da Igreja. Formado em técnico químico, entrou para a vida religiosa em 1958, quando entrou no noviciado da Companhia de Jesus.
Seu legado para as mulheres é incontestável. Em um ambiente historicamente marcado pela liderança masculina, Francisco abriu espaços para vozes femininas em cargos de responsabilidade no Vaticano, promovendo um debate necessário sobre o papel das mulheres na vida da Igreja e no mundo.
Para a comunidade LGBT+, Francisco representou uma esperança rara. Seu famoso “Quem sou eu para julgar?” ressoou além dos muros do Vaticano, indicando uma nova postura de acolhimento e compaixão. Em suas falas e atitudes, defendeu a dignidade de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual.
No combate às injustiças, Francisco foi incansável. Denunciou a exploração dos pobres, criticou sistemas econômicos que aprofundam desigualdades e exigiu dos líderes mundiais mais responsabilidade social e ambiental. Para ele, a fé só fazia sentido se estivesse alinhada à defesa dos mais vulneráveis.
“O meu povo é pobre e eu sou um deles“
Sua luta pela igualdade ecoou como uma convocação global. Francisco acreditava em uma Igreja que caminhasse ao lado dos esquecidos, dos excluídos, dos marginalizados. Defendeu a fraternidade universal como caminho para a paz e desafiou o mundo a reconhecer a dignidade de cada ser humano.
Hoje, ao nos despedirmos de Francisco, celebramos não apenas o Papa que quebrou barreiras, mas o homem que acreditou, até o fim, que um mundo mais justo, inclusivo e fraterno é possível.
