Os conflitos no Oriente Médio estão no centro das atenções atualmente. Tanto a Guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, quando o conflito entre Israel e o Hezbollah (grupo paramilitar islâmico do Líbano), criaram uma crise humanitária jamais vista. Elias Khoury, um romancista libanês, sempre traduziu os conflitos no Oriente Médio como ninguém. Ele faleceu recentemente em 15 de setembro de 2024.

Nascido em Beirute, capital do Líbano em 1948, estudou na Universidade Libanesa e posteriormente em Paris. Um dos principais escritores da literatura árabe contemporânea, Elias Khoury narrou em suas obras o drama dos refugiados palestinos, assim como as ditaduras recentes em países como Tunísia e Egito. Foi professor universitário em vários países, incluindo os Estados Unidos, assim como já teve sua obra traduzida para mais de 15 idiomas.

A seguir, conheça obras de Elias Khoury que mostram como é difícil a rotina em meio aos conflitos que aconteceram nos países do Oriente Médio, sobretudo no Líbano, no decorrer dos anos.

Três livros para conhecer Elias Khoury

Crédito: Editora Tabla | Editora Record

Meu nome é Adam

“Meu nome é Adam” (2016) é o primeiro volume da trilogia “Crianças do Gueto”. A partir da história do personagem principal, o autor resgata a identidade e a memória do povo palestino e indaga: como mostrar na literatura as vítimas de vários crimes, mas foram segregadas pelo silêncio? 

Porta do Sol

Em “Porta do Sol” (2006), acompanhamos a rotina de um campo de refugiados em Beirute, capital do Líbano. Lá Yunis, um herói da Resistência Palestina, está em coma profundo. Khalil, médico e filho espiritual do enfermo, se nega a acreditar que seu herói jamais volte. O jovem então relembra a história de Yunis, que também é a história do povo palestino. Elias Khoury retrata eventos importantes, desde a “Diáspora” de 1948, até a invasão Israelense ao Líbano em 1978.

Yalo: O Filho da Guerra

Elias Khoury narra a história violenta do seu país de origem em “Yalo: O Filho da Guerra” (2002). Yalo cresce em meio à Guerra Civil do Líbano. Após se tornar soldado, Yalo passa a conviver diretamente com as atrocidades da guerra. Isso leva o jovem a um caminho triste e sem volta. O autor faz uma ligação entre os acontecimentos históricos e o Líbano moderno. Dessa forma, é possível entender melhor a conjuntura atual.