Com referências diretas a filmes famosos de ficção científica, Elio presta homenagens visuais e narrativas aos ícones do gênero
Em cartaz nos cinemas, Elio é o mais novo lançamento da Pixar e um tributo declarado aos grandes clássicos da ficção científica. Dirigido por Adrian Molina, Domee Shi e Madeline Sharafian, o longa mistura emoção, humor e nostalgia, ao mesmo tempo em que presta homenagens visuais e temáticas a obras como Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Alien e O Enigma de Outro Mundo.
“Referenciamos esse filme o tempo todo porque também fala de um cara apaixonado pelo espaço”, contou Domee Shi em entrevista à Variety, ao citar Contatos Imediatos do Terceiro Grau como uma das maiores inspirações para Elio.
A diretora destacou o tom de mistério em torno dos alienígenas, elemento que inspirou a criação do enigmático “Comuniverso” do filme. Sharafian acrescenta: “Adoramos como aquele filme criou tensão e mistério em torno dos alienígenas, algo que replicamos no nosso”.

Elio usa alienígenas para falar sobre solidão e pertencimento
Longe de ser apenas uma colagem de referências, Elio atualiza os temas clássicos da ficção científica ao tratar de solidão e pertencimento.
“Éramos crianças nerds e solitárias que passavam os dias desenhando, torcendo para encontrar nossa turma. Essa foi a inspiração para Elio”, disse Shi. A roteirista destacou que a transformação de Elio ocorre quando ele reconhece sua própria vulnerabilidade. A partir disso, ele consegue se conectar emocionalmente com outros seres, inclusive alienígenas.
A interação entre Elio e o alienígena Glordon, por exemplo, se apoia em estudos reais sobre saúde mental. Segundo Shi, conversas com psicólogos e especialistas em isolamento social ajudaram na construção do arco emocional. “A conexão real acontece quando Elio baixa a guarda”, disse.
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Uma jornada espacial com alma e coração
Entre os easter eggs, os fãs de ficção científica poderão, por exemplo, identificar homenagens diretas a Contato e à estética visual de Alien. Além disso, aparecem os tradicionais elementos escondidos da Pixar, como o icônico caminhão da Pizza Planet. “Há até um easter egg do nosso próximo filme, Hopper, escondido à vista de todos”, revelou Shi.
Mais do que apenas uma aventura intergaláctica, Elio propõe, sobretudo, uma reflexão contemporânea sobre a necessidade de conexão em tempos marcados pelo isolamento. Como conclui Sharafian, a intenção do estúdio vai além do entretenimento: “Nossa esperança é que, ao assistir ao filme, o público se sinta inspirado a compartilhar suas dificuldades e a se conectar com alguém”.
Com Elio, a Pixar mira nas estrelas, mas acerta o coração. Ao costurar referências de grandes clássicos da ficção científica com temas atuais como solidão, empatia e pertencimento, o estúdio entrega mais do que uma aventura intergaláctica: oferece um espelho sensível para tempos desconectados.
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