Patrícia Guerra nasceu no Rio de Janeiro, em 1998, e escreve desde que se lembra. Ela define sua paixão pelo ato de escrever da seguinte forma: “Escrever me deixa leve, e tudo o que sempre quis, foi levar essa leveza a outras pessoas. Também amo desenhar, e sou uma apaixonada pela cor roxa. E, é claro, sou uma leitora voraz, derretida por histórias fofinhas e açucaradas, mas encantada com a complexidade e os ensinamentos implícitos em cada narrativa”. Ela também é autora do livro “Elemental – A Ascenção”, que está em pré-venda.

Primeiramente, conte um pouco sobre você. Pode falar tudo o que achar necessário, desde características até as formações, trabalhos, etc.

Patrícia: Amo tudo o que é criativo – escrita, ilustração, tatuagem. Sou tatuadora e designer de capas para livros também. Estudo idiomas por conta própria, principalmente a língua portuguesa, para sempre expandir meu pozinho de criação (vocabulário). A arte expressa de forma silenciosa o que grita nos nossos corações (também escrevo poesia).

A vontade e o gosto pela escrita sempre acompanharam você? E a leitura também? O que o ato de escrever simboliza para você?

Patricia: Sim, desde que me lembro eu escrevo histórias no meu computador – gigante – e guardo; ou escrevia no caderno para mostrar à professora de alfabetização. Também tinha o hábito de contar histórias – na sala de aula, no transporte de volta para casa, para a minha mãe dormir. O gosto pela leitura veio bem depois, após a primeira leitura de uma saga – Harry Potter.

Escrever é o meu porto seguro, minha forma de ir para onde eu quiser a partir da minha própria imaginação. É uma mágica ativa pelas palavras que eu coloco no papel e dão vida a uma realidade onde o impossível não existe. Eu poderia dar muitos sentidos a o que é a escrita para mim, mas vamos deixá-la como sendo pura emoção, porque, na verdade, ainda não consegui achar uma definição que englobe todo o seu significado.

Como foi o processo de criação e escrita do livro “Elemental – A ascensão”? Quanto tempo você levou para escrever?

Patricia: Eu me desafiei a terminar uma história, transformá-la em um livro, então pensei em uma frase central e fui escolhendo, dentre as infinitas possibilidades, como criar essa realidade, me adequando às preferências dos personagens – os quais possuem suas próprias personalidades e opiniões para auxiliarem na construção de seus próprios caminhos. Ao todo, foram dois anos de escrita – e algumas revisões, feitas por mim mesma.

O que as pessoas podem esperar quando o livro for lançado? 

Patricia: Ele vai ficar disponível na Amazon como ebook para os leitores digitais, e pode aparecer em bienais com a editora Ella. Pelo meu instagram (@patriciaguerraoficial) vou mantê-los atualizados das novidades de Elemental – A Ascensão.

Foto: Capa do livro “Elemental – A Ascensão”

Sabemos que atualmente a literatura vem sendo pauta quando o assunto é a valorização ou a não valorização de expressões literárias, especialmente no cenário nacional. Como é para você estar enfrentando barreiras e fazendo acontecer algo que você provavelmente almeja muito?

É uma realização, um sonho daqueles que a gente imagina desde sempre, mas parece longe e, quando acontece, é mágico, inexplicável. Ser uma autora nacional tem seus desafios, mas eu fico feliz em fazer parte da busca por quebrar os paradigmas e incentivar o contato com a literatura daqui que, devo dizer, se identifica da mesma forma – ou até mais – com os brasileiros.

Tem algo mais que você gostaria de acrescentar ? tanto em relação a sua experiência como escritora quanto em relação ao livro “Elemental”?

Quando alguém que a gente conhece vira e fala: “Você escreveu um livro? Que legal! Vou ler, sim!” é uma felicidade que não se consegue imaginar antes de viver de fato. Levar a minha escrita a leitores de verdade, pessoas com outros olhares e sentimentos à história que me fez companhia, que era só minha até então, é uma magia na vida real, porque compartilhar o meu mundo novo é uma forma de expandi-lo a outras possibilidades – de entendimento e sentimento, de ser -, de concretizar sua existência.

Qual recado você deixa para quem quer escrever um livro, mas não se sente motivado em relação a isso?

Imagine uma história. Se apaixone pelos personagens. Viva cada momento com eles – enquanto escreve.

Seu livro precisa te conquistar primeiro, vocês são intimamente ligados, quase um só – afinal, ele está na sua mente. E o processo para que a história vire um livro precisa de organização e persistência, então se agarre à magia de criar um mundo novo para dar continuidade ao seu sonho de forma leve.