Médico e escritor de ficção nacional de ficção, Reyves Lorenzoni compartilha sua experiência e motivações por trás da trilogia “O Jogo do Rei”. Com o lançamento do livro “Em Busca da Coroa”, Lorenzoni transporta os leitores para um mundo de alta fantasia medieval. Em uma entrevista ao GeekPop News, o autor fala sobre suas inspirações durante o processo de escrita e os desafios enfrentados por escritores brasileiros no mercado literário. Além disso, Lorenzoni convida os amantes de boas histórias a embarcarem na jornada épica de Rubyo.

Antes de tudo, nos conte um pouco sobre você.

Meu nome é Reyves Lorenzoni, tenho 33 anos e moro em Taubaté-SP. Sou graduado em Medicina e Pós Graduado em Cardiologia, já com quase 10 anos de carreira médica. Sou bastante caseiro, saio geralmente apenas para comer ou para pescar, que é uma das minhas paixões. Quando em casa, aproveito ao máximo meu tempo em família, além de me dedicar à música e aos games sempre que posso.

Como surgiu essa vontade e desejo pela escrita?

Desde pequeno, sempre encontrei nos universos fantásticos uma maneira de fugir da realidade em momentos difíceis, e quando mais precisei, resolvi fazer meu próprio universo. Sempre escrevi bastante por mestrar RPG para meus amigos, mas nunca antes tinha iniciado um projeto tão ambicioso e complexo como um Romance, e estou adorando essa experiência.

Sobre a trilogia “O Jogo do Reio que você pode introduzir sobre ele? O que as pessoas poderão encontrar ao ter essa leitura? E sobre o livro “Em Busca da Coroa”

A escrita desse livro, para mim, foi uma terapia. Comecei a escrevê-lo para fugir da realidade enquanto estava na linha de frente da COVID, e por isso, precisava que esse livro fosse uma história de redenção, de honra e dever. Queria que fosse uma história que realmente valesse a pena ser contada, então os leitores podem esperar várias mensagens construtivas como família, amizade, e sacrifícios, utilizando como pano de fundo uma história de alta fantasia medieval. A história é focada em Rubyo, um príncipe bastardo que acaba sendo o único herdeiro de um reino tomado por orcs que assassinaram seu pai. Desde pequeno ele foi criado num outro reino e treinado para que, um dia, retomasse as terras de seu pai e devolvesse a liberdade e a paz para seu povo.

E sobre a escrita, o que te inspirou a desenvolver essa obra? Conta um pouco sobre o que você pretendia durante esse processo de desenvolver a história.

Como minha realidade não era das melhores durante a escrita desse livro, pois perdíamos pacientes todos os dias e tínhamos que conviver com más notícias o dia inteiro, meu desejo era que essa história contrastasse com meu viver, e para isso, teria que ser uma história vitoriosa, de alguém que luta por um bem maior, colocando sua própria vida em risco. A história de Rubyo se baseia exatamente nisso: ele nunca desejou ser rei, mas essa responsabilidade era inerente a ele, então, ele precisou tomar a decisão: ser o homem que ele GOSTARIA de ser, ou aquele que ele PRECISAVA ser?

Reprodução: Capa do livro "Em Busca da Coroa" / Reyves Lorenzoni / Trilogia O Jogo do Rei
Reprodução: Capa do livro “Em Busca da Coroa” / Reyves Lorenzoni / Trilogia O Jogo do Rei

Fantasia é um dos meus gêneros favoritos. Tenho observado bastante, no cenário nacional em especial, que mais obras assim vêm tomando espaço e isso é ótimo. Claro, ainda há muito o que se fazer para ter o devido conhecimento e mostrar que no Brasil tem obras incríveis de ficção. Como é para você, estar atuando em um espaço  como esse e proporcionando mais da sua imaginação e estudo com os leitores?

O mercado literário nacional não é nada fácil, especialmente para escritores nacionais de ficção fantástica, como é meu caso. Temos que competir com livros estrangeiros que vêm carregados já de muito marketing, e muitas vezes, acompanhado de séries e de filmes, então a competição chega a ser quase desleal.

Por outro lado, não me queixo, pois se não fosse assim, eu também não teria minhas principais inspirações literárias, que são O Senhor dos Anéis, Game of Thrones, Crônicas de Nárnia e O Nome do Vento. O que me encanta é ver o quanto os escritores de aventura nacional estão crescendo, e cada vez mais sendo reconhecidos por suas obras, mesmo diante da citada competição e do preconceito que a academia literária brasileira tem com Fantasia. Sinto que num futuro próximo, os escritores brasileiros de ficção fantástica terão seu espaço devido no mercado literário, e me sinto honrado por fazer parte disso.

Você tem mais planos futuros dentro da carreira como escritor? Pode compartilhar um pouco desses planos conosco?

A princípio, meu foco literário está totalmente em terminar minha trilogia, sendo que já estou com o segundo livro quase totalmente escrito. Mas tenho gostado bastante de me aventurar escrevendo alguns contos ainda na área de fantasia. Pretendo num futuro breve, escrever sobre algumas vivências que tive na minha carreira médica, numa espécie de ficção histórica.  

Tem mais alguma coisa sobre você e/ou sobre seu trabalho que você gostaria de acrescentar?

Gostaria apenas de convidar a todos os amantes de aventura, de RPG, de jornadas épicas literárias e qualquer outra pessoa que goste de boas histórias, a conhecer meu livro. Sou bastante crítico com minha escrita, então posso assegurar que a jornada de Rubyo é uma história que vale a pena ser contada, e claro, lida por todos.

O que você diria para quem quer começar a escrever, mas ainda não se sentiu motivado para começar

Acho que para quem está começando ou deseja começar na escrita deve ver, inicialmente, como um hobby. Sei que muitos sonham em viver de escrita, mas sabemos que no Brasil isso não é nada fácil. Pelo menos pra mim, a escrita funcionou como uma terapia, e isso acabou se profissionalizando de uma maneira natural, com bastante trabalho e estudo. Porém, eu sempre soube que aquilo era um trabalho paralelo, e isso nunca se tornou um peso, mas sim, uma paixão a ser vivida. Recomendo que todos enxerguem a escrita dessa maneira, ou perderão a melhor parte de escrever sua jornada: apreciar o passeio. Para aqueles que não se sentem motivados, recomendo começar, literalmente, com uma palavra seguida da outra. É algo mágico quando você percebe o que pode criar fazendo apenas isso.

E se quiserem saber mais sobre o seu trabalho, quais as plataformas e meios de te encontrar?

O instagram do livro é @livro.ojogodorei, onde posto diariamente imagens dos personagens, dos monstros e dos locais retratados em meu universo, além de expandir o universo com curiosidades e detalhes que não couberam no livro. Também tenho meu instagram @reyves, onde basicamente posto coisas banais do meu dia a dia, que é essencialmente repleto por minha esposa, filha e minha cachorrinha. Todos os links de redes sociais, downloads gratuitos e compras, também podem ser encontrados no site: www.ojogodorei.com.br