Não é novidade que o mundo geek e pop é vasto, podendo alcançar diversos cantos do mundo. Mas poderia ele também se misturar com queijo? Sim, você não leu errado: cultura geek e queijo combinam? Para responder a esta e outras perguntas, tivemos a oportunidade de conversas com Douglas Gomes, dono da página no Instagram: Mineiro do Queijo.

Para quem ainda não o conhece, Douglas é um comerciante de vários produtos de Minas Gerais, como queijos e doces caseiros. Porém, com um toque especial: ele cria jingles baseados em clássicos da cultura geek e pop.

Duvida? Confira abaixo um de seus sucessos:

Como você viu, o formato paródia com tanta criatividade chamou a atenção de muitos nas redes sociais. Mas de onde vem tanta criatividade?

O começo da jornada e seus obstáculos

Com humildade e um sorriso no rosto, o Mineiro do Queijo iniciou sua trajetória vendendo seus produtos há 7 anos. Porém, diferente de agora, o Douglas afirmou que iniciou essa caminhada de outra forma:

“Quando comecei a vender queijo, lá trás. há 7 anos, né? Então quando comecei, aqui na zona norte do Rio [Rio de Janeiro], o pessoal ouve muito funk. Então queijo, no inicio, combinou com funk. Eu fazia funk do queijo. Depois começou a tocar mais trap. Depois comecei a fazer de Dragon Ball, ai comecei a fazer de anime, cultura pop”.

Mas o que teria feito o Mineiro do Queijo começar a fazer suas paródias musicais? Durante a conversa, o vendedor afirmou que a inspiração veio de diversos lugares.

Porém, antes de tudo, importante ressaltar que Douglas tem déficit de atenção, o que dificulta a fazer algumas atividades que exigiriam maior concentração ou foco, como ler ou assistir algum filme. No entanto, a dificuldade não o impediu:

“Eu sou muito curioso e isso me fez com que lesse e visse filme. Eu gosto muito de ir no cinema sozinho, às vezes, mas também gosto de ver em casa. Inclusive, por causa da minha desatenção, quando eu percebo que voei, eu consigo voltar e assisto novamente.

Eu gostaria muito de poder assistir ou ler mais coisas, mas por causa desse problema (déficit de atenção), não consigo fazer. Mas eu sou uma pessoa muito mais musical”.

Criatividade e Inspirações

Apesar da dificuldade em se concentrar, Douglas tem uma afinidade nata com a música. Como já dito, ele iniciou sua jornada misturando queijo ao diversos gêneros musicais, conforme os mesmos cresciam no meio de seus consumidores. Dessa forma, o queijo acabou se misturando perfeitamente ao funk, trap para então entrar na onda da cultura pop e geek.

Contudo, a pergunta ainda continua: o que teria feito o Mineiro do Queijo começar a fazer suas paródias musicais?

Douglas relatou que sempre foi criativo com musicas.

No começo, ele usava se caracterizava igual seu avô e vendia queijo normalmente. Em um certo dia, na academia, tudo mudou. Segundo ele, seu instrutor lhe mostrou um vídeo de um comerciante que fazia jingles com seus produtos. A ideia iluminou os olhos do mineiro, que logo despertou a faísca da criatividade: “caraca, eu sei fazer isso!”.

A ideia estava instalada em sua mente e então iniciou assim a sua jornada: “Pô, vou fazer musicas que tocam no meu bairro, da cultura carioca, que é o funk, e misturar com queijo. Todo mundo vai achar divertido e vou me enturmar mais aqui no meu bairro, na minha área”.

A entrada ao mundo geek

O que estourou com os clássicos cariocas e regionais de seu bairro, logo expandiram em direção aos animes. E isso não é pra menos: Douglas é um grande fã das aventuras de Goku e de todo o pessoal de Dragon Ball. Tão apaixonado que o vendedor gravou quatro paródias das aberturas do anime, e cantava nas ruas vestido do próprio Goku:

Foi a partir de sua paixão por Dragon Ball, que o Mineiro do Queijo, abriu seus olhos para novas possibilidades.

Segundo ele, foi um amigo que deu a ideia inicial de fazer algo além, como Pokémon, se baseando na clássica abertura “Temos Que Pegar”. A partir de então, o vendedor começou a fazer de diversos animes diferentes.

“Fiz do pokémon e explodiu! E então começou um monte de gente mandar ‘faz desse anime’ e várias curtidas. Alguns animes eu nem conhecia, cara. E o pessoal pedindo ‘faz de anime tal’, e então comecei a ir fazendo de alguns conforme a galera pedia. Foi assim que comecei a fazer de animes.

Mas eu gosto mesmo de fazer de todos os assuntos, sabe? Não gosto de me restringir não. Fiz do Top Gun e do Bananas de Pijama, Rebelde, Harry Potter. (…) Mas o legal do anime é que brinca muito com a fantasia”.

Por fim, hoje em dia, Douglas acredita que a cultura geek está não só em sua vida, como na vida de todo mundo, o que não é de se espantar visto que ambas estão cada vez mais se espalhando por todos os cantos do planeta.

E entre mais e outras perguntas e respostas, sem perder o sorriso no rosto, assim seguiu nossa conversa com o Douglas. Para conferir esse trabalho sensacional do Mineiro do Queijo, siga-o no Instagram: mineirodoqueijo.

Agora, você ficou curioso para ver essa entrevista na íntegra? Então fique tranquilo e confira aqui embaixo: