O livro “Estado febril”, de Thaís Campolina, será o centro de um debate literário promovido pelo clube de leitura da Casa das Poetas. O encontro acontece no dia 28 de abril, às 20h, com mediação da escritora Renata Ettinger. A participação é gratuita e as inscrições estão disponíveis por meio de formulário no perfil do projeto no Instagram (@casadaspoetas).

“estado febril”: poesia, amadurecimento e resistência feminina

A obra “Estado febril” se destaca por sua linguagem poética carregada de metáforas espaciais e reflexões sobre o amadurecimento feminino. Assim, com versos que equilibram ternura e profundidade, Thaís Campolina convida o leitor a revisitar memórias íntimas, observar o cotidiano e refletir sobre a construção da identidade.

Lançado pela Macabéa Edições, o livro consolida a autora como um dos grandes nomes da poesia contemporânea brasileira. Vale lembrar que Thaís foi vencedora do Prêmio Poesia InCrível de 2021 com o título eu investigo qualquer coisa sem registro, obra que já apontava sua sensibilidade ao tratar das pequenas grandes coisas da vida.

Encontro virtual gratuito discute “Estado febril”

O debate sobre “Estado febril” será realizado virtualmente, via Google Meet, permitindo que leitores de diferentes regiões participem. A mediação fica por conta de Renata Ettinger, também escritora e figura atuante no circuito literário independente. A ação faz parte da programação da Casa das Poetas, que promove eventos para valorizar a produção literária nacional, sobretudo escrita por mulheres.

A escrita como forma de resistência

Na obra estado febril, Thaís Campolina utiliza suas experiências pessoais, memórias familiares e referências femininas esquecidas para criar uma narrativa poética que transcende o individual. A autora valoriza a desobediência como motor criativo e aposta na escrita como forma de resistência. Assim, ela recupera vozes silenciadas — como as de cientistas e escritoras cujos feitos foram ignorados ou atribuídos a homens — e oferece ao leitor uma nova perspectiva sobre o papel da mulher na história.

Além disso, temas como infância, identidade e pertencimento perpassam os poemas. Thaís acredita que é na infância que se formam os primeiros vínculos e percepções do mundo. Por isso, revisitá-la é também uma forma de reconstruir a própria trajetória.

Sobre a autora

Nascida em Divinópolis (MG), mesma cidade de Adélia Prado, Thaís Campolina iniciou sua jornada literária inspirada pela coincidência geográfica. Além de “Estado febril”, também publicou as obras noticiosas (2023), “línguas soltas” (2024) e “frigideira “(2024). É pós-graduada em Escrita e Criação, mediadora de leitura em clubes como Leia Mulheres Divinópolis e curadora da página Bafo de Poesia.