Produzido inicialmente por Philippe Thibaut como um jogo de tabuleiro em 1993. A série Europa Universalis que hoje pertence a Paradox é um dos mais completos jogos de estratégia 4X historicamente correto. Seu diferencial é justamente trazer os fatos e contextos históricos entre os séculos 15 e 19 para um jogo. Deixando você vivenciá-los e até reescrevê-los com muita liberdade.
Mecânica e Jogabilidade
Escolhendo um país
Na tela inicial você encontra um mapa do mundo, e ao clicar nesses países você verá o nome do governante e o seu nível de habilidade diplomático, administrativo e militar. O sistema de governo (monarquia, república, tribalismo e nomadismo). Assim como tradições únicas (que são vantagens que seu país tem inspirado em fato reais). Relações diplomáticas com outros países (como alianças militares, vassalagem, embargos econômicos e rivalidades). E muitas outras características inspiradas ou realmente corretas do ponto de vista histórico.
Ao escolher qualquer país, e existe pelo menos uma centena disponível, você terá que lidar com a administração militar, econômica e diplomática. Com o principal objetivo de tentar criar um império gigantesco. Não existe razões no jogo para buscar um caminho pacifista, pois a própria I.A dos países vizinhos vai declarar guerra contra você em algum momento.
Formando impérios
O que você pode fazer é escolher algum caminho para formar o seu próprio império. É possível focar no uso da economia e dominar grandes centros comerciais para acumular dinheiro e financiar uma grande marinha. Permitindo colonizar as Américas, África, Oceania e Ásia. Pode também investir na tecnologia militar e conquistar seus vizinhos por terra. Usando um grande exército financiado por dinheiro e províncias saqueadas dos derrotados. Ou, até usar da diplomacia para criar relações de vassalagem e futuramente anexá-los ao seu território.
Expandindo o império
Além disso, as ferramentas disponíveis para efetivar essa expansão são inúmeras. Para citar apena um caso, os países católicos disputam entre si o controle da Cúria do Estado Papal, o que permite declarar uma Cruzada contra algum país não católico ao conseguir eleger um Papa leal a você. Isso serve de justificativa para tentar conquistar países árabes e africanos, obter incentivos fiscais e alianças militares com outros países europeus católicos que antes não seria possível.
Realismo Histórico Maleável
Liberdade de escolha
Devido ao seu sucesso a série teve inúmeras expansões, indo do Europa Universalis I até o IV, sempre melhorando o seu grande diferencial, o realismo histórico maleável. Mas como exatamente isso funciona no jogo?
Por exemplo, o evento Revolução Francesa inevitavelmente vai ocorrer, e a sua experiência nesse evento muda dependendo do país que você escolha jogar. Caso escolha jogar com a França, você poderá tentar impedir que a revolução ocorra, mantendo assim a monarquia no poder, ou, deixar os revoltosos tomarem conta de tudo e no fim Napoleão Bonaparte virar o chefe da nova França Revolucionária.
Desse modo, independente da escolha que faça haverá alguma consequência e mudança na sua experiência. A França como monarquia concede ao jogador inúmeros benefícios econômicos, políticos e militares, mas mantem você dependente do sistema social e político que divide a sociedade em Burgueses, Clero e Nobres.
Caso escolha permitir que a revolução vença, o seu país se tornará uma República Revolucionária. Desse modo tendo casus beli contra qualquer outra nação que não seja uma república, permitindo que você declare guerra contra as outras monarquias europeias. Porém, a I.A das monarquias vizinhas irão criar uma coalização militar para se defender dos seus ataques, levando você para dentro das Guerras Napoleônicas.
Contexto histórico
Além disso, no Europa Universalis você pode jogar com qualquer país, e não precisa seguir exatamente esses eventos. Por exemplo, quando a Revolução Francesa ocorrer, mas você está jogando com Japão, isso não o afeta em nada, pois você terá que se preocupar com outros eventos do contexto japonês. Ou, quem sabe você decida jogar com a Inglaterra e invadir a França Monárquica usando o casus belli que guardou desde a sua derrota na Guerra dos 100 anos, aproveitando que agora ela está enfraquecida pela Revolução Francesa. Desse modo, se conquistar a França, pode criar um reino tão poderosos que permita invadir inclusive a Sacro Império Romano Germânico, a China e colonizar todo o continente das Américas.
Conclusão
Isso é para mostrar que o interessante desse jogo é que você vai vivenciar os eventos históricos podendo escolher como vão se desenvolver, tudo depende do país, época e as escolhas que fizer ao longo do jogo. Porém, caso você sobreviva do século 15 ao 19 o jogo acaba, e na tela aparecerá um resumo dos seus feitos e da pontuação com um ranking. Que o classifica em uma posição de acordo com o seu impacto nesse período, fazendo uma relação com outros países. Por fim, é interessante também a parte chamada History, que escreve de forma narrativa marcos históricos do seu jogo. Guerras, mudanças de governos e eventos históricos reais aparecem ali.
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