Funileiro em Alta Voltagem é o primeiro longa com herói brasileiro afro-indígena
O cinema brasileiro se prepara para receber um novo tipo de herói. Funileiro em Alta Voltagem é uma história que une ação, ficção científica e representatividade, ambientada em uma São Paulo futurista e distópica. Sendo assim, o longa está previsto para ser filmado em 2026 e lançado em festivais no fim de 2027, o longa promete inaugurar uma nova era de protagonismo no audiovisual nacional.
A trama acompanha Leonardo, um jovem funileiro afro-indígena que enfrenta o tráfico e a desigualdade social usando uma armadura construída a partir de sucatas. Dessa forma, segundo o diretor Tico Barreto:
“Queremos mostrar o protagonismo de um herói miscigenado, que luta com aquilo que é rejeitado pela sociedade, transformando sucata em força revolucionária”
Brasilidade e crítica social em um futuro distópico

Crédito: Rafael Leinders
Inspirado em um roteiro de Ayrton Baptista, o filme mistura elementos de ficção científica com temas sociais brasileiros. Logo, na trama, Leonardo conta com o apoio do irmão autista, responsável por ajudá-lo na construção da armadura, e da mãe, Jacira, uma líder religiosa indígena.
Assim, a narrativa também apresenta figuras, como Jéssica, a primeira namorada do protagonista, Dona Joana, mãe de Jéssica e chefe de uma rede internacional de tráfico, e chamado Mestre dos Magos, líder dos criminosos que promete autoconhecimento através de drogas químicas.
Representatividade dentro e fora das telas
Com o objetivo de romper padrões no cinema nacional, “Funileiro em Alta Voltagem” pretende unir atores consagrados e novos talentos vindos de oficinas sociais, assim, garantindo que ao menos 30% do elenco seja formado por pessoas PCD, neurodivergentes, obesas ou na terceira idade.
Desse modo, o diretor do filme, Tico Barreto, que também é fundador do MOVA – Movimento Nacional do Audiovisual, iniciativa que luta por igualdade na indústria e contribui para a construção de políticas públicas voltadas à diversidade de corpos e gêneros, deu uma declaração sobre essa quebra de padrões:
“Acreditamos que essas pessoas não são deficientes, mas eficientes. Basta dar oportunidade, treinar e criar espaço para que brilhem”
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Mais sobre o herói
Em vez de poderes sobrenaturais, o protagonista de “Funileiro em Alta Voltagem” carrega a força da amizade e do amor como armas de resistência. Assim, o diretor ressalta que o filme busca resgatar a essência humana em meio à tecnologia e à violência:
“Por mais simples que pareça, esse poder humano está sendo perdido. Queremos resgatar sua força transformadora, capaz de aproximar e mudar vidas”
Atualmente em fase de captação de recursos e parcerias, o longa segue em seu segundo tratamento de roteiro e deve chegar ao circuito nacional em 2027.
Imagem da capa: Divulgação | Tico Barreto
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