Sabe aquela apresentação constrangedora que ninguém pediu? Então…

Olá! Eu sou Henry o novo colunista de games e eu escrevi e reescrevi essa frase mais vezes do que estou confortável de admitir. Tirando a mim, acredito que existam um total de cinco pessoas que se importam com minha história de vida. Logo vamos falar do porque estou aqui:

Falar de games!

Fim, essa é a matéria.

Tá, não é só isso e pra explicar vou ter que contar aquela história sobre a minha pessoa que você já não está interessado. 

Assim como muitos, fui apresentado aos games no meio dos anos 90. Aquilo parecia mágica na tela, mas principalmente era o tempo que eu passava com meu pai.

Cresci e continuei jogando sem ele, pois aquilo era muito mais que um jogo, era um modo de vida. Percebi que muitas coisas como valores, empatia, justiça e outros foram os games que me ensinaram. Vídeo game tinha se tornado parte de quem eu era. Formei em fotografia e game design me tornando especialista em games.

Eu percebi uma coisa que me incomodou. Pessoas constantemente infantilizam jogos e isso não mudou muito. Até a forma que chamam, “joguinho” já tem desprezo no nome. É como se as pessoas se negassem a ver jogos como uma arte e artigo cultural, com profundas influências no desenvolvimento social do indivíduo e da própria sociedade.

Talvez tenhas notado alguns termos das ciências sociais. Esqueci de falar que sou um ávido estudioso de sociologia, filosofia, história?

Foi mal.

– Lorenzatto, henry

Minha abordagem aqui é conversar com vocês sobre o que existe além do controle. Jogo é uma arte reflexiva multidisciplinar que envolve cinema, música, interação, arquitetura, sociologia, filosofia, psicologia, literatura, história, artes plásticas e muitos outros. Acredito que está na hora de conversarmos sobre isso.

Quando escuto frases como “tira sua agenda política do meu joguinho” ou “jogo é só pra divertir”, tenho vontade de responder com palavras que nem Machado de Assis com toda sua inteligência literária afrodescendente teria coragem de escrever. Meus queridos Homo sapiens; tudo é político, inclusive jogos. A própria escolha de despolitização de algo é uma decisão política.


Lembrando que o blog é isento de ideologia partidária , mas falar da existência e consequência social das coisas não é tomar um lado e sim refletir e discutir a realidade para desenvolver um pensamento crítico e abolir a alienação.

Vídeo Game já produz a anos mais dinheiro que a indústria do cinema, e em 2020 obteve  mais lucro que cinema e esporte juntos. Já está na hora de reivindicarmos nosso espaço com artigo de cultura, de construção social, de estrutura psicológica e de consequência política.

Se no final de um artigo meu você se encontrar refletindo, terei cumprido meu papel.